14jun
Estudo do dia 17/04/2014
Tema de hoje – A Gratidão.
 
Aqui procura um pouco mais de conhecimento, e também um pouco da vibração Amorosa que recebemos desses companheiros que com suas palavras nos ensinam a aprender com as nossas dificuldades e conflitos. Com Gratidão, Vilma.
No Evangelho – A ingratidão dos filhos e os laços de família. Santo Agostinho.
Esta semana não tenho um tema. Minha intuição foi que já tinham algum assunto para nos trazer que seria muito importante para nós. Estamos aguardando o contato dos nossos irmãos e companheiros de estudos. Vamos nos preparando para mais esse encontro elevando nossos sentimentos em Gratidão por mais essa oportunidade. Encontro este onde encarnados e desencarnados se reúnem num mesmo objetivo – o aprendizado e a Amor fraterno. Vamos aguardar o representante ou a representante do grupo espiritual que vai abordar hoje o tema a ser estudado, e mais uma vez este encontro vai nos trazer muito Amor e vai enriquecer nossos conhecimentos.
Boa noite! Eu venho como representante do grupo. Meu nome é Adélia.
Eu – Boa noite! Seja bem vinda Adélia.
 
Você já esteve conosco algumas vezes e é sempre muito bom falar com você. Gratidão pela sua presença, e pela presença de todos. Os que nos auxiliam. Os que sustentam a vibração enquanto conversamos, e aos que como nós estamos aqui aprendendo. Sejam todos bem vindos!
 
Obs.; Durante todo texto vou me referir a essa presença com a inicial do seu nome, A.
A – Eu agradeço em nome de todo grupo, lembrando que eu sou só uma porta voz do grupo, não sou um espirito mais evoluído. Sou só uma porta voz de um grupo que decidiu discutir sobre um assunto para trazer para vocês.
A – O assunto nós debatemos bastante, principalmente olhando para os nossos irmãos encarnados é um assunto que saiu agora no inicio. A Gratidão! Nós temos focado bastante e temos visto o quanto é importante à sensação de ser Grato. De identificar o beneficio recebido e de então exercer a gratidão. O que nós temos visto é um sofrimento muito grande por espíritos encarnados, ou os nossos que ficam se sobrecarregando vendo principalmente as suas deficiências e as suas dificuldades e sobrecarregam as suas orações com pedidos. Pedidos intermináveis. Difíceis. Isso leva a uma grande frustração e a uma sensação às vezes de abandono que não deveria ocorrer porque na realidade não há abandono nenhum – só há a necessidade de suprir todos os desejos infantis de um espírito ainda em vias de evolução. E o grande medicamento para esse sofrimento – o sofrimento do egoísmo – o sofrimento da necessidade – da sensação constante da necessidade – da falta de prosperidade – da sensação de não ter os seus pedidos atendidos, é a percepção do quanto temos. Cada um de nós. Quer seja no período de encarnação, ou no período do plano espiritual. O quanto recebemos no dia a dia, e isso acaba se tornando tão banal para alguns que não percebem o quanto somos beneficiados. Somos beneficiados por fenômenos naturais que nos dão vida, que nos mantém vivos quer na vida espiritual, quer na vida encarnada quer na vida material. Somos beneficiados muitas vezes por espíritos irmãos nossos que surgem às vezes de maneira inexplicáveis em nossas vidas para nos auxiliar – para suprir nossas necessidades. Muitas vezes para suprir nossas necessidades de afeto, mas muitas vezes para suprir necessidades de aprendizagem e de crescimento. Quantos mestres já nos foram enviados, e mesmo após aprendermos com eles muitas vezes esquecemo-nos do reconhecimento e da Gratidão para nos desviarmos para olhar para uma falta ou para uma necessidade não suprida – ou para um desejo não realizado. Será que precisamos continuar vivendo valorizando a nossa pouca prosperidade, valorizando nossos desejos, valorizando nossas dificuldades, que na maioria das vezes não existem. Elas são dificuldades percebidas por nós. Mas não são reais. E a Gratidão é o grande balsamo a grande saída para muitos estados de tristeza, ou como chamada entre os encarnados – estados depressivos – estados ansiosos. Porque quando eu sou grato, quando reconheço o quanto tenho recebido – eu não posso ficar deprimido ou angustiado se eu recebo bastante. Isso me mostra a condição de um futuro brilhante sem a necessidade da pré-ocupação da dificuldade. Então a Gratidão deveria ser ensinada desde muito criança quando encarnadas, como aos espíritos desencarnados que muitas vezes esquecem-se do tanto que receberam. Vocês quando na realização dos atendimentos apometricos muitas vezes só conseguem quebrar um estado de dificuldade de entendimento trazendo um Amor do passado. Um amor de mãe – uma figura que representava o Amor. Por quê? Porque isso é despertar no outro o sentimento de Gratidão, despertar o sentimento de pertencimento, de merecimento.
Eu – A Gratidão então esta ligada ao Amor? Se não estou me sentindo Grato não estou no Amor?
A – Sim. A Gratidão é um derivado do Amor. Porque se você recebe Amor e não o percebe – você não é grato – mas a partir do momento em que você percebe… E no dia a dia é importante que percebamos quer no estado de encarnação, quer no estado de espírito errático, (muitas vezes alguns encarnados confundem errático com errado, e é bom deixar claro que errático está na erraticidade, não encarnado, senão acaba tendo uma interpretação até engraçada) o estado de reconhecimento do Amor sem dúvida – gera Gratidão. Não há quem ao sentir-se amado não deseje amar – não deseje Agradecer. Portanto a Gratidão é um derivado do Amor – mas é um derivado da percepção do Amor. Quantos não estão tão ocupados olhando para as suas mazelas, olhando para as suas fragilidades, para os seus medos, para as suas pseudo dificuldades e não conseguem reconhecer o Amor intenso que recebem ininterruptamente. Lembra-se do conceito de pecado? Pecado é não reconhecer a Centelha Divina que existe no outro e em você mesmo. Pois é! Quando eu reconheço que existe uma Centelha Divina no outro e que existe uma Centelha Divina em mim – eu passo a reconhecer o quanto Amor é destinado a mim e a todos os filhos do Pai – e ai não da para não ser Grato.
Eu – Mas o sentimento de Gratidão não está apenas no você receber, acho que o sentimento de Gratidão ele se faz presente em situações aleatórias. Eu acho que é ESTAR em Gratidão. Seria isso? Porque não é só agradecer o que te acontece. É SENTIR-SE Grato.
A – Sim! Não é só agradecer o que te acontece. Mas a Gratidão pelo Amor que te cerca. O que você chamou de estado de Gratidão é a percepção do Amor que nós recebemos. O Amor Incondicional. Todos nós o recebemos.
Eu – E esse estado está em cada um por ter a chuva – o sol – a natureza…
A – A forma como esse Amor se manifesta é praticamente onipresente. Nós é que não reconhecemos o Amor que existe no nascer do Sol – o Amor que existe no despertar de um sono. O Amor que existe nos encontros, nos desencontros nas possibilidades. O Amor que existe em todas as oportunidades! E muitas vezes nós dizemos – puxa tive sorte! E não reconheço o Amor. Porque quando eu reconheço – eu sou Grato.
Eu – Um fato que acontece na nossa vida e que muitas vezes vemos como negativo ou ruim – isso pode estar acontecendo para nos libertar de muitas prisões – este acontecimento pode ter Amor!
A – No mínimo para nos libertar da ignorância. Então muitas vezes as coisas que te incomodam deveriam ser também situações de Gratidão. Há! Mas me trouxe sofrimento! O sofrimento é uma opção. O que nos traz é oportunidade. Nós é que acabamos usando termos que mais fecham as portas do que auxiliam. Quando eu olho para alguma coisa e digo – isso me faz sofrer. Quando olho para alguma coisa e digo – isso é um problema – eu estou fechando portas. Mas se algo me incomodou e eu digo – opa eu tenho oportunidade de modificar isso. Ou digo – não tenho oportunidade de modificar – é um fato. Já aconteceu. Ai eu tenho a oportunidade de modificar como eu vejo esse fato por mais que ele já esteja sacramentado. Mas eu sempre tenho a oportunidade. Se isso me incomodou eu tenho a oportunidade de mudar no mínimo a minha visão sobre o que ocorreu quando não é possível mudar o fato.
Eu – Um exemplo! Uma criança – ela tem uma dificuldade com os pais. Um dos pais é alcóolatra – depressivo – ou suicida… Essa criança cresce com essa condição de sentimento, ao mesmo tempo se sentindo culpado o que é comum um filho se sentir culpado com a infelicidade dos pais. Como fica isso? Sentir o Amor numa situação dessas?
A – Basta resinificar o que acontece. Nada é por acaso. Os problemas. Se eu parar de chama-los de problemas e começar a chama-los de oportunidades. Se eu parar de olhar e disser – isso é um sofrimento – isso é algo que me incomoda – talvez eu não possa mudar o fato, como eu disse. O seu pai se suicidou. Eu não posso mudar esse fato. É um fato sacramentado. Mas eu posso mudar a forma como eu encaro esse fato. Se eu me vitimizar e disser – ó pobre de mim sou filho de um suicida a vida não vale a pena. Agora se eu olhar e pensar – poxa eu não concordo com o suicídio olhem que sofrimento que trouxe a todos que o cercavam. Eu nunca vou me suicidar. Eu vou enfrentar a vida com coragem. Mudou totalmente! A escolha é minha! Todos nós já passamos por encarnações nas quais tivemos dificuldades diferentes. E cabe a nós não fixarmos nestas situações chamadas de dificuldades, de problemas, lutas. Cabe a nós olharmos para essas situações e aprendermos com elas. Cabe a nós pararmos de tentar classificar cada situação como boa ou ruim. Não existe essa dualidade, esse maniqueísmo. As coisas não são só boas ou só ruins. Muitas delas são só coisas. Nós é que classificamos. Há quem receba um presente e acha isso ruim. Portanto! Não é a coisa que ocorre o importante, mas a forma como se encara a coisa.
Eu – E essa pessoa pode após um entendimento passar a ver isso até com Gratidão pelo aprendizado que ela teve, e como bagagem que ela pode levar para outras pessoas através desse sofrimento e da dor?
A – Mas pense mais não no sofrimento. Mas na superação do sofrimento. Porque quem continua sofrendo ainda não percebeu que se eu sofro por um fato, principalmente no período de encarnação em que existe o limite do tempo – se eu sofro por um fato que ocorreu, e se, ele já ocorreu – que eu sofra naquele momento, mas a partir do momento em que o tempo mudou – o limite do sofrimento acabou. A escolha para continuar sofrendo é minha.
Eu – Ai você está falando de situações consideradas mais sérias. Mas tem pessoas que se prendem a vida inteira em sofrimentos por fatos tão banais. Isso é egoísmo?
A – Sim. E vitmismo. E toda pessoa que se vitimiza é egoísta. Até porque – o que é um vitimismo? É achar que – ó pobre de mim que isso só acontece comigo. Isso é de um orgulho absurdo! Porque da à impressão que o mundo roda e gira porque eu vivo.
Eu – Então o aprendizado é o de encarar esses fatos de uma maneira amorosa?
A – Não só amorosa. Mas também respeitosa. Porque também eu ficar desesperado pelo que aconteceu ao outro – é não respeitar o seu destino. Destino não no sentido de sina. Mas respeitar o que aconteceu. Se aconteceu com ele. Eu preciso respeitar.
Eu – Mesmo que esse ele seja um pai – um filho – uma mãe…?
A – Principalmente se esse ele for um pai, um filho, um irmão. Porque essas pessoas não foram colocadas ao seu lado para que você os blinde. Mas sim para que você conviva com eles. Então o que acontecer a eles faz parte do destino deles. Óbvio que isso não significa que você deva abandonar a todos ao deus dará. Isso significa que há algumas coisas que fogem do seu controle. Desça do seu pedestal! Você não é o controlador do mundo. Você não é o ser especial pelo qual o Sol nasce todos os dias. Quando nós percebemos que somos todos um, e que estamos todos ligados e que ninguém se vai, da mesma forma que ninguém chega. E que nós só estamos nos apresentando em momentos diferentes. Ai nós passamos a respeitar o que acontece – e deixar o que aconteceu no dia em que aconteceu. Porque reativar um sofrimento que já passou e continuar olhando para esse sofrimento? Isso se chama APEGO.
A – É difícil para o ser humano lidar com isso, porque inclusive a psicologia trabalha em cima disso. Do passado. Os consultórios psicológicos estão lotados de pessoas que ficam anos e anos falando sobre passado. Não seria mais fácil acrescentar um trabalho como esse? De reconhecimento do presente e Gratidão pelo passado?
A – Sim. Seria bem mais fácil. Mas ainda é mais fácil consultar um psicólogo do que mudar nossas dificuldades. O psicólogo, o sacerdote…
Eu – Que prometa resolver o meu problema sem que eu faça o menor esforço? Um bom psicólogo ou terapeuta não faz isso.
A – Um bom sacerdote também não. Mas a maioria das pessoas que vai a procura de um sacerdote, de um psicólogo ou terapeuta tem a expectativa de jogar aquele peso nos ombros do outro. Não que os psicólogos terapeutas ou os sacerdotes façam isso de regra. Os que não estão bem preparados acabam inclusive se sobrecarregando porque tentam carregar os pesos alheios.
Eu – Então quer dizer que a Gratidão é sempre um sentimento que alivia os sofrimentos e as dificuldades?
A – A Gratidão é um antidoto para o sofrimento. A cada vez que você se sentir incomodada. A cada vez que você se sentir sofrendo. A cada vez que você se sentir longe do seu caminho – numa encruzilhada. Seja Grato! Porque muitas das coisas que você chama de dificuldades. São oportunidades! O que é uma encruzilhada se não um momento de possibilidade no mínimo entre dois caminhos. E isso é uma dadiva. Porque alguém que não tem nunca essa possibilidade não sabe o que é o fruto de uma escolha.
Eu – Que lindo!… Alguém quer fazer perguntas?
Uma pessoa do grupo pergunta – Uma doação já é uma Gratidão?
A – Uma doação em que sentido?
Pessoa – A você se doar – sei lá – fazer as coisas amorosamente sem a intenção de receber algo em troca. Se doar já é uma Gratidão né?
A – Na maioria das vezes não. São sentimentos que estão próximos. Mas que não é a mesma coisa. Na maioria das vezes isso é uma questão de caráter. Uma questão de percepção do seu espaço no mundo encarnado ou desencarnado. Não é uma forma de Gratidão – mas sim – uma forma de agir de acordo com o seu caráter – de acordo com as suas necessidades. Não uma gratidão. O agradecer muitas vezes esta na contemplação. O agradecer é um ato humilde em que eu reconheço no outro, ou mesmo em Deus. A Grandiosidade. Reconheço o auxilio. Reconheço o Amor. Reconheço basicamente a centelha de Deus – ou mesmo reconheço a energia Divina. Agora agir de uma forma correta, agir de uma forma a si doar. Não necessariamente é uma gratidão – também é um reconhecimento. Mas é seguir os ditames do seu próprio caráter.
Eu – A doação já não esta gravada na nossa Centelha Divina? Porque se somos seres dentro de uma igualdade então já não trazemos o ato da doação?
A – Cooperação. Cooperar com o outro. Vamos tirar um pouco esse sentido de doação, porque o termo doação parece um pouco não equilibrado. Mas cooperar. O sentimento de cooperar – de estar junto – é um sentimento que engrandece todo ser humano. O problema é que não é ensinado principalmente na jornada da encarnação. A maioria das nossas crianças tem sido educada para competir – para destroçar – para superar – e não para cooperar. E se você deixar as crianças sozinhas você vai ver que elas vão buscar a cooperação.
Eu – A cooperação é natural?
A – Sim. A cooperação é natural. Tudo que foge da cooperação é aprendido, ou, é mal ensinado.
Eu – Mas também se eu me proponho a doar pensando em colocar mais um tijolinho no céu. Também não vai adiantar?
A – Ai não é doação e não é cooperação. Ai é tentativa de compra de bônus.
Eu – Também precisamos ver se estão vendendo bônus. (Risos) E o pior é que nem se pergunta se estão vendendo e tenta comprar!
A – Ai, o que se vê no plano encarnado é muita gente criticando os lideres da igreja medieval que vendiam as indulgencias e continuam fazendo a mesma coisa agora. Fazendo a chamada caridade para a compra de bônus que é exatamente como vender indulgencias. Aos que vendiam indulgencias nós criticamos. Aos que compram bônus agora.. nós elogiamos! Engraçado né?
Eu – Acho que quando somos fraternos nós temos gratidão. Um estado não leva ao outro?
A – A Fraternidade é um estado que se aproxima também do Amor. E toda vez que nós nos aproximamos ou sentimos através do Amor, de Deus principalmente. O que sentimos quando vemos a natureza, por exemplo. Quando paramos um momento para observa-la. É impossível não exercitar a Gratidão! E ai você vai ver o quanto nós somos privilegiados o tempo todo. Reconhecer o Amor do Pai no nosso dia a dia suscita a Gratidão o tempo todo. Mas a maioria não tem tempo para isso.
Eu – Será falta de tempo, ou será falta de aprender a fazer isso. Muito vem do aprendizado as pessoas não tem esse habito. Os pais não ensinam os filhos a agradecer.
A – Os pais não ensinam os filhos a agradecerem e impedem os filhos de cooperarem. Isso porque ensinam que todas as pessoas devem correr muito. É muito engraçado isso. Porque vocês se acham muito modernos porque vivem depois do ano dois mil. Porque acham que o mundo está acelerado. Não é verdade?
Eu – É! E eu mexo até com computador. Você já pensou? Para quem conheceu luz elétrica com doze anos!(risos).
A – Existem textos atribuídos a Aristóteles – de 500AC que ele diz que os jovens daquele momento viviam de uma forma conturbada demais. Sem tempo, sempre apressados. Sem perceberem o que é importante. Isso pode ser uma grande ilusão. Porque você corre de que? Você corre para onde? Você corre para que? Quais são as respostas para essas três perguntas. Se você se aprofundar um pouco você vai descobrir que você não corre de nada, não corre para nada, e não corre por nada. Você corre porque você acha que esse é o estado normal de um ser humano honrado. E isso é uma ilusão.
Eu – Mas não é ilusão a pessoa que trabalha estar numa empresa por muito tempo. Entrar determinada hora sai tal hora. É Um ritmo louco. Acaba se tornando automática, ela nem percebe.
A – Ela precisa correr por causa disso?
Eu – Sim. Porque o horário nos leva a correr.
A – Se você tem horário para cumprir porque então fazer tudo no ultimo momento.
Eu – Há! Então o que você está querendo dizer é levantem-se às cinco da manhã vá fazendo tudo devagar.
A – Se correr te incomoda então porque não mudar isso. Mudar é uma opção. É exatamente como a Gratidão. É exatamente como sofrer.
Eu – A gente aprendeu que você tem que dormir da meia noite até as sete, ai das oito até… tudo vem do costume – do aprendizado. Somos condicionados
A – Sim. Mas é importante sair do condicionamento. Sair do condicionamento não significa quebrar toda a estrutura que já existe. Significa perceber que você pode transcender essa estrutura. Que você não é escravo do relógio – que você não é escravo do seu trabalho. Que você é um ser retentor de uma Centelha Divina que também deve trabalhar e que também tem deveres e alguns direitos. Mas perceber também que você pode transcender. Isso não é a sua vida. Muitas vezes você deixa de viver o que é importante para cumprir a hora e você não se dá o direito de acordar um pouco mais cedo. De dormir mais cedo. E você não percebe ainda que talvez você não precise daquelas oito horas de sono. Ai você pode fazer muitas coisas.
Eu – Você falando assim daqui a pouco vou emendar o dia e a noite.
A – E ai pergunto mais uma vez. Correndo por quê? E ai quando você for responder profundamente você descobre que está correndo porque você sobrecarregou.
Eu – É, nesse momento eu estou sobrecarregada mesmo e eu vou ter que aprender a encaixar tudo isso de uma maneira que não prejudique a minha vida.
A – E ai você vai ter que aprender a lidar com uma palavrinha chamada não.
Eu – Não! Sim.
A – Olha que interessante foi a sua resposta… É importante que reconheçamos os nossos limites. Reconhecer limites é importante – o tempo tem um limite. Se você tem um limite de trabalho porque se sobrecarregar? Porque ir buscar mais. De quem você esta fugindo? Provavelmente você foge de você mesmo. Se encare com carinho. Acolha a Centelha Divina que existe em você. Talvez isso te traga a serenidade que você pretende para passar por esses percalços dos horários de trabalho, dos horários de atividades sem precisar se entregar só a isso. Sem precisar deixar de viver. Porque a vida lhe foi um presente – e a um presente não se pode renegar da forma que muitos estão renegando. Portanto o exercício da gratidão é que você se conscientize do tanto de bem que temos recebido, e esse é o grande antidoto do que vocês chamam de problemas e que nós aqui chamamos de desequilíbrios. O exercício da gratidão todo tempo – todo tempo – sem pieguices – sem engrandecer coisas ridículas. Mas agradecendo o que é importante. Agradecendo inclusive o que essas coisas ridículas nos trazem de aprendizado. Só não devem agradecer o algoz de uma violência, mas, você deve agradecer o fato de ter passado por uma situação de violência – ter sobrevivido a ela – e de ter capacidade de olhar e reiniciar – porque o Pai te deu essa capacidade, nos deu a todos essa capacidade de recomeçar. Sempre!
Eu – Você acha que cada vez que acontece uma situação dessas é um recomeço?
A – Nós estamos recomeçando o tempo todo e não percebemos. A cada dia. A cada despertar quase como um renascimento do espirito no corpo carnal novamente.
Eu – É por isso que nós mudamos tanto, né? Hora gosto do azul, depois gosto do vermelho…
A – Sim. E a cada mudança estou renascendo tal qual uma Fênix.
Eu – Falando em renascimento. Nós estamos na véspera da Pascoa que movimenta ai uma boa parte da humanidade fazendo um ritual católico. Como é isso. Para mim isso é confuso. Se renascemos a cada acontecimento. O porquê desses rituais?
A – A maioria dos rituais tem fundamentos muito antigos espirituais que já foram esquecidos e que não são muito divulgados. A maioria dos rituais tem efeitos metafóricos e tem a sua importância. Infelizmente como a divulgação dos seus fundamentos não ocorrem mais, muitos deles se perderam. O que você chamou de ritual agora na realidade é uma troca de doces e guloseimas onde se esquece de revisa a possibilidade de renascimento. Esse momento é um momento em que eu percebo que eu posso renascer o tempo todo. Mesmo que eu desencarne. Mesmo que ocorra uma morte das mais dolorosas. Todo mundo se lembra da cruz. Da dor da cruz. Mas ser crucificado naquela época era um sinal de vergonha. Crucificação era o castigo para aqueles que eram tidos como paria sociais. Ser crucificado naquela época era como ser preso hoje. Portanto o que se viu não era só a dor da morte, mas, era a vergonha social. Muitos vão chamar de ressurreição – de reencarnação, de reaparecimento da energia do Cristo. O é importante é que naquele momento mostrou que não importa o que aconteceu, se foi algo que te foi infame. Não importa que você fosse humilhada. Não importa que você cometesse erros absurdos. Não importa se você se dedicou ao crime. Não importa! Você sempre tem a oportunidade de renascer. De recomeçar. Portanto essa metáfora deve ser entendida com mais profundidade. Os chocolates não são importantes.
Eu – Mas para que haja esse renascimento a pessoa tem que se permitir, porque senão essa metáfora fica na festa, na comida.
A – A comida e a festa é apenas uma fuga para não se reconhecer. Não reconhecer as mudanças.
Eu – Quando eu decido mudar, eu estou me amando, me olhando amorosamente e me dando essa chance?
A – Nem sempre. Mas toda mudança traz uma nova oportunidade de aprendizado porque se você ficar parado ou sentado você não vai ver a mudança e aprender. E somos nós que ficamos classificando de bom ou ruim. A mudança é simplesmente parar de andar para o nordeste e passar a andar para o noroeste, por exemplo. Eu vou mudar de caminho ai vou conhecer outras áreas. É só isso! Não é erro ou acerto. Não é bom ou mal. É só oportunidade de conhecer outras coisas – outras paisagens – outros lugares – outras pessoas. Nós vamos estar o tempo todo fazendo isso. Se não for nessa vida vai ser na próxima – ou na outra.
Eu – Mas uma mudança exige responsabilidade. Se você não tomar o caminho para o noroeste e não gostar do caminho para o noroeste vai ter que assumir mesmo assim.
A – Sim. E responsabilidade é a habilidade de responder – não é culpa. A maioria das pessoas lida com culpa. Há eu mudei e agora me sinto culpado. Nós estamos constantemente mudando. Tanto na encarnação como no período desencarnado. No período encarnado muito mais porque as interações são muito maiores. Há muitos espíritos desencarnados que praticamente se isolam, e por estarem no estado de espíritos na erraticidade não tem a inter-relação que ocorre tão espontaneamente durante o período de encarnação e isso acontece porque vocês tem interdependência, coisa que não ocorre entre os desencarnados. A Gratidão deve ser um exercício e é importante que se comece a exercitar a Gratidão porque nós temos sempre exercitado o reconhecimento de problemas, e o que é mais sério, possíveis problemas, e nos assoberbamos de trabalho por hipóteses que nunca vão ser confirmadas.
Eu – Mas eu penso que o ser humano tem muito mais facilidade de reconhecer problemas do que uma Gratidão.
A – Sim. Mas isso por causa do lado animal do cérebro humano, o lado Reptiliano quer evita sofrimento e evitar riscos, mas nós não podemos viver só por isso. É importante transcender. Ou se você só usar o seu cérebro reptiliano de uma forma não pejorativa, talvez você se torne apenas um réptil!
Eu – É muito forte isso.
A – Que não tenha conotação pejorativa.
Eu – Sim eu sei que não tem, mas mesmo sem ser pejorativo é muito forte. Por exemplo! Sei que vai dizer que cada caso é um caso, mas está na mídia um pai que matou o filho por causa de herança. Esse pai ele está nesse lado reptiliano?
A – O que você acha? Será que ele agiu com caridade. Com reconhecimento de Amor. Com Gratidão? Ou ele agiu para acumular mais comida porque ele tem medo de passar fome? Ele agiu como um Jacaré ou um Crocodilo que quer comer bastante porque tem medo de passar necessidade? Ou ele agiu como um ser que reconhece a Centelha Divina em todos os outros seres? Ele reagiu por medo da falta. Da escassez.
Eu – Será que foi por medo?
A – Sim. Sempre. O medo da escassez. Não o medo que você pensou agora. Mas o medo da escassez. Então ele não era uma pessoa que viu a prosperidade e o Amor. Ele via sempre a dificuldade e a escassez. Então ele tinha que passar por isso mesmo que fosse através da violência. Tal qual o crocodilo.
Eu – Eu pergunto? Essa pessoa vive neste estado ou ele no momento manifestou esse lado reptiliano do cérebro dela.
A – Todos têm a capacidade de se manifestar em diversos estados. Não é porque aquilo foi feito naquele momento que esse ser não tem a centelha Divina e é o tempo todo um réptil. Essa é uma grande dificuldade porque nós achamos que se ele fez algo tão tenebroso pela nossa visão ele tem que ser tenebroso o tempo todo. Talvez ele tenha tido um ato de extrema caridade quase simultaneamente.
Eu – Então o que nos mantém afastados desse lado nosso é o entendimento do Amor e o Orai e vigiai o tempo todo?
A – Transcender não significa abandonar. Então mesmo nos que transcenderam. Mesmo Jesus quando encarnado ainda tinha umas reações reptiliana, mas controlada.
Eu – Isso pode acontecer numa crise de ciúme, de medo… Muitas coisas podem nos levar a um ato totalmente réptil?
A – Sim. Como eu disse o medo da escassez que gera o sentimento de incapacidade. Não se sente capacitado. Na realidade é realmente um sentimento de baixíssima autoestima. Não se sente adequado. Cabe a quem transcendeu controlar essa vibração. Mas só se controla o que se reconhece, e a maioria dos encarnados negam esses sentimentos.
Eu – É! Negamos porque todos esses sentimentos são o famoso pecado. A raiva é pecado. O ódio é pecado. O ciúme.. Não é assim? Então eu os nego.
A – Então como tudo isso é pecado eu não devo olhar para eles, e como eu não olho eu acabo tendo surtos. Há um arrependimento absurdo depois disso. Agora se esse arrependimento levar a culpa e a paralisia – ai vai levar um grande tempo para a recuperação. E como o tempo é relativo… O que é uma encarnação ou dez encarnações perante a eternidade. Isso não quer dizer que nós devamos desperdiçar encarnações. Mas dez encarnações, que elas somem oitocentos anos, se você pegar um matemático e pedir para ele pegar oitocentos divididos pelo infinito – da zero. Portanto ok. Não devemos desperdiçar, mas também não devemos julgar quem desperdiçou.
Eu – Realmente depois de todos esses aprendizados a gente fica com muito cuidado quando escuta esses casos. Somos treinados a condenar essas pessoas.
A – Até porque os atores que são envolvidos nesse processo não estão aqui estreando. Já vem de outros momentos.
Eu – Estão dentro do processo?
A – Sim. São resgates dolorosos. Mais uma vez. Para que possamos transcender o nosso lado reptiliano – Gratidão – Gratidão – Gratidão. Nós todos aqui do grupo de estudos somos Gratos a vocês por permitirem esse contato. Somos Gratos aos mentores que tem dirigido esses estudos. Somos Gratos aos irmãos do plano espiritual que conseguiram esse contato. Somos gratos aos companheiros que com suas vibrações sustentam essa conexão, esse intercambio. E somos Gratos ao Pai pelas tantas oportunidades que temos recebido. Boa noite.
Eu – Boa noite. Nossa Gratidão também. Sejam sempre bem vindos e essas palavras enriquecem muito nossa caminhada aqui. Gratidão.
Neste momento se manifesta Pai Benjamin, mentor da Fraternidade – Vocês deviam rir mais né?
Eu – Rir com tudo isso?
B – Tem que rir mais. Rir é uma forma de agradecer – a risada foi um presente que Deus deu para a gente.
Eu – Mas cada vez que se ouve tudo isso Benjamin nos parece uma coisa tão simples. Mas ao mesmo tempo parece tão distante ainda.
B – Não estão tão distante. É simples! Da uma risada. Da um abraço e ai você vai ver que não está tão longe. Tem que rir mais. Não ficar se preocupando com besteira.
Eu – É mesmo! Se a gente for ver é tanta besteira.
B – Só o tempo que vocês perdem tentando acumular coisas tendo medo de perder depois. Não dá para entender essas coisas. Quem vive assim não ri porque fica preocupado. Fica parecendo à mãe Crocodilo no ninho cuidando das coisas. Como disse a Adélia parece réptil. Já está na hora de desfrutar. De sorrir. De não precisar acumular tanto. Masss! Se o outro tem eu quero ter mais que ele. Será que o outro é feliz?
Eu – Mas a gente nunca vai perguntar se ele é feliz. Mas também se perguntar ele vai dizer que sim, mesmo que não. As pessoas vivem fazendo de conta.
B – Claro tem que aparentar estar bem como vou deixar transparecer fraqueza. Riam mais. Acumulem menos. Até porque aqui deste lado que a gente está não se usa bolsa. Não tem gente aqui com carteira. Ninguém traz mala para cá.
Eu – Você esta brincando! Se eu não levar minha bolsinha o que faço com a tudo que tenho?
B – Você brinca. Mas muitas das pessoas que vem para cá tem a experiência de ficarem vendo aqueles que achavam que eram seus entes queridos destroçando as suas bolsinhas e brigando entre si por terem suportado a sua presença sem Amor.
Eu – Eu imagino como isso deve ser doloroso.
B – Portanto é importante olhar para a bolsinha e talvez usa – lá para ser feliz. Para fazer alguém feliz. Porque não? Não de uma maneira fútil. Não de uma maneira frívola. Não sair por ai distribuindo notas de dinheiro porque muitos acham que isso é caridade. Tem uma brincadeira que diz: Porque que você esta trabalhando? Estou trabalhando para poder descansar. E porque que você não descansa? Trabalho para um dia descansar. Descanse agora. Então é muito importante olhar para isso com carinho – e na duvida sorria – na dúvida ria muito. Ria até nas suas dificuldades! Porque elas ficam menores. Dificuldades não suportam sorriso. A risada faz os problemas ficarem pequenininhos.
Benjamin nos convidando para silenciar – Agora fiquem em silencio que vou fazer um equilíbrio energético em cada um. Imaginem uma cachoeira com agua de uma temperatura agradável, perfumada, limpando todo seu corpo físico. Mas não lavando só o superficial. Limpando lá de dentro as más aguas (magoas). As aguas más que foram sendo guardadas no mais profundo de seu ser. Limpando do seu períspirito. Que essa agua limpinha, perfumada vá preenchendo cada célula de você. Uma agua que foi abençoada. Essa agua vai levando outra energia para cada célula. A memória da felicidade. A memória de saúde. A memória da Gratidão. Que cada célula agradeça estar nesse corpo. Boa noite. Que assim seja.

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