Planta mandrágora: o que é e para que serve a espécie mágica
Cercada por lendas e crenças mundo afora, a espécie tem fins medicinais e, também, místicos
Famosa na ficção e no meio místico, a planta mandrágora desperta muita curiosidade. Quem é fã da saga Harry Potter deve se lembrar de quando, no filme Harry Potter e a Câmara Secreta, os alunos de Hogwarts aprendem como colher com segurança a mandrágora, uma planta tão perigosa na trama.
A verdade é que muitas lendas e crendices se associam a esta espécie desde a antiguidade. Por ter raízes que se assemelham a um feto humano, uma lenda medieval dizia que essa raiz representaria um pequeno homem dormindo sob a terra e que, quando retirado de seu descanso, daria um grito capaz de deixar as pessoas surdas ou levá-las a morte. Daí o famoso apelido dado à mandrágora de “a planta que grita”.
Para além de todo seu histórico místico, fato é que essa espécie possui muitos poderes medicinais. Segundo o paisagista Luciano Zanardo, a planta é utilizada como alucinógeno, analgésico, narcótico, sedativo e purgante.
“Antigamente, servia para aliviar dores, no tratamento de problemas do sistema nervoso e também no cuidado de úlceras”, conta o especialista. Atualmente, ela é utilizada em tratamentos homeopáticos.
Nativa da região do Mediterrâneo, a mandrágora é uma planta da família das Solanaceae (família botânica de plantas com flores). Seus frutos são amarelos, carnosos, aromáticos e tóxicos, e eram chamados de ‘as maçãs do diabo’ pelos árabes, devido aos seus efeitos afrodisíacos.
Considerada por muitos uma planta mágica, a mandrágora possui aplicações que vão além do aspecto medicinal. “Atualmente, ela ainda é utilizada como um amuleto de sorte, proteção e prosperidade, além de servir para fins afrodisíacos”, explica Luciano.
Para quem pretende ter essa planta tão peculiar dentro da própria casa, a boa notícia é que é possível, sim – e seus cuidados são bem simples. “Como essa é uma planta solanácea, seu habitat inclui jardins com muitas espécies e áreas com sombra, então, podem sobreviver em locais onde bate sol e também mais escuros”, diz o paisagista. Durante o verão, a planta precisa ser regada com frequência e, depois, basta realizar uma rega a cada duas semanas.
Fonte: Casa Vougue