Estudos do dia 28/11/2013 Tema O Caráter Evangelho: cap. 19 – A Fé que transporta montanhaVamo-nos preparando para o aprendizado de hoje. Em silencio vamos elevar nossos sentimentos em gratidão. Gratidão por mais este momento que encarnados e desencarnados e aqui estão presentes e que juntos, neste mesmo objetivo, passamos essa hora aprendendo e esclarecendo dúvidas. E vamos aguardar o comunicador de hoje que vai nos presentear com esses ensinamentos. O tema de hoje é “O Caráter”, tema já abordado por Benjamin algumas vezes, mas vamos mais uma vez ouvir e aprender.Sensitivo – O Pai Benjamin (adiante chamado PB) se apresenta no terreiro da fazenda de escravidão onde ele viveu. Agora a fazenda está no plano espiritual recebendo os irmãos. Uma das pessoas que cuida dessa colônia no plano espiritual foi trazida por Benjamin para conversar com a gente. Hoje também o grupo que dá apoio nos estudos estará na fazenda, para escutar essa senhora que é a coordenadora dessa colônia.Sensitivo – É uma fazenda colonial muito bonita, tudo muito limpo. As pessoas vivem ali numa harmonia muito grande. E essa mulher que é uma senhora de cabelos brancos e lenço na cabeça, usa um cachimbinho e está o tempo todo pitando. Ela se apresenta dizendo que recebeu dois nomes – quando na África, chamava-se Adiara que na língua do povo dela significava “o que vai florescer”. Lá ela foi escravizada ainda muito pequena e foi capturada na sua aldeia e trazida para este País. Quando trazida ela foi chamada de Benvinda e ela diz que, como ela, aqui existem muitos encarnados que tem muitas dificuldades em aceitar os nomes que seus pais lhes deram, num momento de carinho. E que ela naquele momento não aceitou o nome que seu captor lhe deu, mas que depois quando ela percebeu que apesar de não haver carinho naquela pessoa, um mercantilista, o nome recebido lhe era apropriado. E ela passou então a assumir o nome Benvinda que é o nome usado por ela nessa colônia, nessa fazenda.Eu – Essa fazenda existiu no plano físico e hoje está no plano espiritual?
PB – Sim! No plano físico ela já foi destruída e lá agora, no plano espiritual vivem muitos espíritos. É uma fazenda muito grande, sendo um lugar de socorro e de refazimento dos espíritos que conseguem atingir a graça de estarem prontos para convivência.
Eu – Que interessante! Que a Benvinda (adiante chamada B) seja bem vinda nesta noite ao nosso grupo. Nós a recebemos com amorosidade e gratidão.
B – Diz que precisa se apresentar ainda dessa forma pelo apego dela, mas que nós precisamos saber que é desnecessário. A forma é algo que nós precisamos para entendermos um espírito, mas ele não precisa de forma, nem da veste perispiritual; diz que faz questão de estar com o “petenguá” que lhe foi ensinado pelos índios, já que na África não havia tabaco. Diz pra gente entender principalmente que dentre muitas coisas que nos foram dadas, está o tabaco, dado a nós como um grande elo de ligação com o plano espiritual. Isso foi pervertido de uma forma tão absurda, que o que era para ser elo, tornou-se um veneno vulgarizado por um prazer que acaba levando a doenças. E que a gente ainda não está com sabedoria o suficiente para entender essas doenças. E que o homem encarnado já entendeu a relação que existe entre o uso do tabaco e o câncer de pulmão, mas que ele não imagina que isso é porque o tabaco sendo um veículo de abertura, de ligação (e os índios tinham muitas lendas sobre isso), abre portas. Que é como se tais portas abertas não tivessem guardas e assim as formas pensamento deletérias tem toda possibilidade de entrarem. Primeiro no corpo astral para depois haver a manifestação no corpo físico. As pessoas ainda continuam pesquisando sobre substâncias que podem lesar o pulmão das pessoas que fumam, mas não é esse o mecanismo e nós ainda não aprendemos todos os mecanismos envolvidos nos processos do adoecer.
Eu – Então explica um pouquinho mais como funcionaria o tabaco no câncer de pulmão. Seria a porta que ele abre, assim como o Ayuaska, como já estudamos nas outras aulas?
B- O Ayuaska vai abrir portas principalmente no Chakra Coronário. O tabaco vai abrir portas principalmente no Chakra Laríngeo. Essa é a grande diferença. E os Índios já sabiam disso.
Eu – Ele abre portas e a doença se manifesta através do contato…
B – Não é a doença que se instala e se manifesta. São as formas pensamento emanadas que acabam entrando inclusive porque foram sugadas por essa porta aberta, não necessariamente foram enviadas.
Eu – Essa porta aberta chupa essas formas pensamento?
B – Exatamente! Algumas formas pensamento se encontram perdidas e através dessa porta aberta elas são sugadas.
Eu – Então aí não é só o câncer de pulmão. Pode vir outra doença também através dessa abertura?
B – Sim! Quantas não são as aberturas?
Eu – Sim, se o Tabaco tem, o Ayuaska e o álcool também tem?
B – O álcool tem o sexo também!
Eu – Medicamento químico também?
B- Tem.
B – Então é um problema, porque todas essas coisas foram dadas para quem sabia utilizar. Os pajés usavam o petenguá para conseguir o contato. Você não tem nem uma noticia de um pajé com câncer de pulmão. E eles, ás vezes passavam semanas pitando aquele tabaco, abriam portas, mas eles tinham os guardas nas suas portas. Eles sabiam utilizar e sabiam pra onde abrir essas portas.
Eu – Eles preparavam o campo?
B – Sim, o campo era todo preparado. E aí as pessoas continuam tendo essa visão ainda muito reduzida de que são as substâncias químicas. Isso é importante para muitas coisas, principalmente o que o Pai Benjamin já usou com vocês, da energia das plantas, sendo utilizada para cura sem que precise matar a planta, sem que eu precise tirar as substâncias dessa planta. Então, é importante que se saiba que as plantas tem essências energéticas muito poderosas, assim como vocês também. Quando se mistura uma essência energética de uma planta com a essência energética de um ser vivo, principalmente um espírito humano encarnado, há uma simbiose muito grande, há uma relação muito grande.
Eu – Sabe-se da energia das plantas através da mente?
B – Não. Esqueça. A mente mente. Você capta através de outros órgãos que vocês nem sabem que existem, órgãos ainda desconhecidos. Tem vários órgãos no seu cérebro que são especificamente para isso, que foram especificamente criados para captar essas energias. Inclusive aquilo que você às vezes chama de implantes… Alguns implantes são colocados para facilitar isso, porque assim como já dissemos, pensar que só os que desconhecem o bem têm tecnologia, seria reduzir demais as forças de Deus.
Eu – Então nós temos algumas funções no cérebro, ou algum implante para ajudar na captação dessas energias? Por exemplo, num curador, num xamã que trabalha com plantas, pode a função cerebral ou o implante captar essas energias e passar a cura para as pessoas?
B – Precisa desenvolver essa condição. Ele vai desenvolver essa condição e por isso o receber implantes que facilitem nesse sentido.
Eu – E isso acontece nesses rituais que se fazem no xamanismo? Ao fazer um curso, participar do ritual, recebe-se isso?
B – Eh filha! (sorrindo). Agora vou ter que brincar de Pai Benjamin: cada caso é um caso.
Eu – Ah, não, não. É que isso é muito praticado: curso de xamanismo e o ritual para se tornar um xamã. É claro que a pessoa tem que estar preparada para isso. Não quer dizer que um curso vai resolver isso, né?
B – Você não acha que isso é alimentar a mente do próprio coitado? A mente mente, descaradamente.
Eu – Porque você pode se tornar um curador e receber isso, mesmo sem estar participando de um ritual?
B – Com certeza! Mas cada caso é um caso. Não estou aqui para dizer que todos os rituais são ruins ou errados, mas a maioria dos rituais é para satisfazer as mentes.
B – As mentes que mentem, descaradamente.
Eu – E você aprendeu e desenvolveu essa sensibilidade?
B – No meu tempo de encarnada, perto da senzala a gente convivia também com os índios. Eles queriam saber dos nossos conhecimentos de ervas e religião e nós queríamos saber do deles. E como nosso povo e o povo deles estavam sendo massacrados pelo mesmo inimigo, muito se aprendeu de um para com o outro. Vocês continuam achando que seus índios são pessoas imbecis. Eles simplesmente são seres que não vão contar aos seus algozes o que eles têm de mais sagrado.
Eu – Eu mesma às vezes tenho minhas dúvidas com esses índios de agora… Mas…
B – Não filha! Isso não é particular. É só para dizer das pessoas que acham que os índios são pessoas que desconhecem a espiritualidade. É claro que eles não vão chegar aos seus assassinos e entregar o conhecimento que eles têm de espiritualidade.
Eu – Porque eles usariam isso irresponsavelmente, é obvio!
B – Já foram tão irresponsáveis ao massacrarem, matarem. Por que eles não seriam irresponsáveis ao receber o sagrado?
Eu – Mas existem poucos índios agora nessa condição, né?
B – Você acha que existem poucos, porque cada vez mais eles estão recebendo autorização, e inclusive a incumbência de começarem a compartilhar parte de seu conhecimento com o homem branco que se fizer digno. O problema é achar o homem branco que se faz digno.
Eu – Porque esse conhecimento vai desaparecer, né?
B – Sim. Eles têm a lenda do povo do Arco Iris que é o povo de todas as cores. Muitos estão sendo avisados que o momento esta chegando. Muitos dos nossos, mesmo lá na mãe África, tem recebido esse chamado e estão começando a compartilhar um pouco do seu conhecimento, devagar, bem devagar. Mas nós quando fomos aqui trazidos como escravos, tivemos a oportunidade de ter também esse conhecimento dos Índios, que era muito grande. E eu então fui iniciada em várias linhagens Indígenas. E eles me ensinaram muitas coisas, inclusive a usar o petique, que é esse cachimbinho, porque lá na minha terra muitas vezes nós tínhamos que sugar o veneno espiritual. Isso nos envenenava também e os Índios nos ensinaram que ao invés de sugar o doente, nós devemos assoprar essa fumaça que vai desfazer esse acúmulo material de energia que faz mal. Mas isso foi transformado por vocês em vício, olha que coisa!
Eu – Sim, porque é usado de uma maneira totalmente irresponsável. A mistura de outros componentes no cigarro acaba ampliando seu malefício, pois o tabaco não faz mal. É a irresponsabilidade na maneira do uso que o torna prejudicial.
B – Também essa é uma coisa para se pensar. Quantas das coisas que corriqueiramente você faz e que você descobre que faz mal, porém tem um fundamento sagrado?
Eu – É. Nada no Universo é negativo, desde que se saiba como usar e para que usar, né?
B – Mas a maioria não sabe como usar, para o que serve e nem sabe se preparar para usar.
Eu – Mas, onde estão as pessoas que tem esse conhecimento e que podem passar isso? Eu acredito que tenha muita gente interessada nisso e que tem uma intenção boa para usar.
B -Interessado significa merecedor do conhecimento? Pois é! Não tem tanto merecedor desse conhecimento, não.
Eu – Quando aconteceu a queda da Atlântida, dizem que o conhecimento ficou com algumas pessoas que permaneceram e passaram para outros, e que muito desse conhecimento não se perdeu. É isso que vai acontecer com a sabedoria indígena e escrava? Afinal, os escravos também sabiam muito, não?
B – Acontece isso sempre! Isso nunca se perde. O que acontece é que os planetas também passam por estágios, só que diferentemente das pessoas. Imagine o planeta como uma escola, filha. O planeta é uma escola e a humanidade são os alunos. Eles vão entrar na primeira série, vão indo…, até que eles se formam. A escola continua lá, para receber novos alunos e de vez em quando ela é modernizada.
Eu – E de vez em quando também essa escola, o planeta terra, recebe alguns alunos que já trazem alguns conhecimentos que vivenciaram em outras épocas, né?
B – Sim, nada nunca se perde, sempre vão estar guardados nas grandes bibliotecas da humanidade desencarnada, não necessariamente livros.
Eu – E existe na sabedoria indígena a cura para todos os males? Por exemplo, um mundo como o nosso hoje, consumista, todo em desequilíbrio com a saúde, esses rituais com as ervas através desses conhecimentos conseguiria resolver esses problemas?
B – Quem é que ia querer resolver isso?
Eu – Ninguém quer resolver isso, porque gera maior parte da fortuna do mundo.
B – Não é só isso, olha a natureza, olha a sabedoria que cerca vocês na natureza, o que está errado? Quem somos nós encarnados ou desencarnados para dizermos que tem algo errado, quem é que pode criticar o que está acontecendo? Se acontece, é porque é necessário e não é porque eu queria que acontecesse, mas é o que precisa acontecer agora.
Eu – Com todo esse movimento que esta acontecendo na natureza, com os animais, tudo isso faz parte da mudança que acontece neste momento no planeta, nesta nova era?
B – Não cai uma folha, sem que isso não tenha sido planejado.
Eu – Então essas pessoas que ficam brigando, fazendo essas algazarras estão só criando confusão?
B – Sim, gastando energia! E o que é pior: estão sempre achando que vão ser felizes no futuro. O Pai deu felicidade para agora.
Eu – Hoje a nossa mata, a nossa natureza tem ainda o conteúdo necessário para tudo o que os índios, caboclos e escravos usavam para a cura e o equilíbrio, após tudo que foi destruído?
B – O que você chama de destruição?
Eu – Não sei! A gente ouve falar em destruição a todo o momento…
B – Ai é que tá! Teve um sábio que disse, pouco depois da época que eu vivi encarnada: “Na natureza nada se cria, nada se perde, as coisas só se transformam”. E aí está o x da questão, filha. O que vocês chamam de destruição significa mudanças. É que ninguém quer mudanças. Nada se perde. Se você perguntar se a energia ainda esta aqui, eu te digo: cada coisa mantem sua energia. O que vocês chamam de destruído, mantém sua energia presente em atividade.
Obs.: Esse depoimento nos mostra que Benvinda teve sua última encarnação antes de 1743, ano de nascimento de Lavoisier, o Pai da Química e criador dessa frase, nasceu em 26/08/ em Paris e desencarnou em 1794.
Eu – Quer dizer que se corto uma planta, se destruo uma floresta, nunca destruo a energia dela?
B – Não se destrói nada filha, só se esta transformando. O teu corpo quando morto, não é destruído. Ele só vira outra coisa.
Eu – Nós podemos incluir nisso a devastação das madeiras das matas da Amazônia , como um processo de transformação?
B – Sim! Nada daquilo está perdido. Tudo está se transformando.
Eu – Você quer dizer que neste local, novas energias vão surgir e que as energias daquela vegetação continuam vivas?
B – Filha! Naquele lugar que estão tirando as árvores, vocês ainda não sabem, mas estão sendo achadas cidades. Têm resquícios de cidades, de civilizações. Tudo se transforma. Aguardem. Deixe essa tua cidade onde você mora, tire todas as pessoas, deixe isso vazio por 10 anos. E volte aqui após esses anos. Só vai ter floresta. Começa com um matinho ralo que vai crescendo nos telhados das casas. Aí uma arvore destrói uma parede, e vai destruindo, destruindo… e o que você acha que é concreto, vira terra…
Eu – É isso mesmo. Eu vejo acontecer num pedacinho de terra que eu vivo: o mato cresce, a árvore cai na parede da casa e destrói, o lago vasa e se expande, o galho da árvore quebra, cai no meu telhado…, sem dizer os animais que vão se aproximando e tomando conta de tudo. De repente se não tiver manutenção, fico sem espaço. Isso eu vivencio todo dia na natureza.
B – Então é isso que vai acontecer. Não achem que estão destruíndo a Amazônia intocada. Estão destruindo o que ficou intocado por algum tempo.
Eu – Então o que você está querendo dizer é que ali já existiram cidades, vilas que foram abandonadas e se transformaram em matas que hoje estão sendo novamente descobertas?
B – Essa é a história do mundo!
Eu – É que as pessoas se prendem só num fato…
B – O tempo! O tempo que você olha é tão relativo…
Eu – É! O que aprendemos com o mentor Benjamin sobre o tempo ficou para nós como um ponto de reflexão.
B – Está tudo acontecendo ao mesmo tempo e as energias vão dizendo o que vai se sobrepor a que.
Eu – É! É tudo muito fascinante.
B – Então cuidado com esse desânimo e com essa teoria de que o mundo está perdido e que as coisas estão se destruindo. Elas só estão mudando! É como se os pacotes de energias fossem os mesmos desde que o mundo é mundo. Eles só estão às vezes mais para a esquerda, ou mais para a direita e tudo é, conforme é necessário e não conforme se quer.
Eu – Quando você viveu nessa fazenda, ela tinha escravos e você era uma escrava?
B – Sim, eu trabalhei no canavial muito tempo. Era um trabalho duro, mãos cortadas.
Eu – E essas pessoas que eram donos da fazenda eram pessoas humanas, bondosas, pois essa fazenda ficou no plano astral como um ponto positivo. Você nos diz que aí é um lugar de socorro para espíritos em sofrimento…
B – Por causa das pessoas que moravam nela. Não pelos donos que não conseguem chegar aqui de jeito nenhum, pois estão em outro plano. Eles eram tão humanos quanto os donos de escravos. Mas os índios e negros que aqui viveram transformaram esse lugar num lugar de cura e de busca de outras pessoas. Muito antes de acabar a escravidão e muito antes da ideia de Quilombo, essa fazenda foi se tornando uma referencia. No plano astral muitos plasmaram coisas dessa fazenda, e ela é uma referencia importante para os que vão procura-la. Ela não é a mesma fazenda. Cada um de nós foi plasmando as senzalas, a casa grande, para que no astral muitos que ainda estão ligados com essas energias possam ser socorridos. Parece que a escravidão foi há muito tempo, filha, mas foi tão cruel, tão dolorida, que para nós é como se fosse ontem, ou hoje de manhã. Para muitos que ainda não conseguiram entender o todo, que não tem uma visão maior e que estão fixados num fato, continuam vivendo e sofrendo as torturas e injustiças. E aqui, os que conseguiram abrir os olhos e perceber que não existem Vítimas nem Vilões, que passaram por isso porque era preciso para eles, não porque Deus castigava, mas na maioria das vezes porque eles pediram, ou porque eles tiveram atos que os levaram a isso, eles criaram essa energia. E quando os olhos se abrem, eles então, podem ser socorridos. Aqui, numa fazenda de escravos onde não existem escravos, não existem patrões, não tem tronco, não tem chibata… (Silêncio no grupo… momento de volta ao tempo e dor).
Eu – Existem pessoas que viveram nessa época da escravidão e que reencarna com essa dor gravada dentro dela, que ela faz da sua vida encarnada um sofrimento?
B – Qualquer um consegue, não precisa ter sido escravo.
Eu – Mas um escravo pode viver uma vida na vibração dessas dores da escravidão e tornar sua vida aqui um martírio?
B – Mais uma vez, qualquer um pode, não precisa ser escravo. É uma questão de escolha. Muitas encarnações são compulsórias e a pessoa continua se fazendo de vítima. Para muitos que foram escravos e descobriram porque o foram e assumiram a sua responsabilidade, deixaram a culpa e a vitimização, hoje estão aqui nessa fazenda se recuperando e ajudando muitos irmãos. Muitos dos que foram escravos ainda se sentem injustiçados, vítimas e ainda continuam sofrendo por causa disso. Alguns encaminhados à encarnação, continuam se fazendo de vítimas, juntamente com os que foram subjugados, como outros. E o que é mais engraçado, muitos dos que foram donos de escravos encarnaram compulsoriamente e agora se fazem de vítimas, preferem sofrer, ferir, infringir sofrimento.
Eu – Continuam não assumindo.
B – Melhor me fazer de vítima, quem sabe ninguém me note.
Eu – Você fala da época da escravidão que para nós aqui foi há um bom tempo. É claro que para uma dor da dimensão em que se vivenciava, esse tempo é nada. Mas aí no plano dos desencarnados, essas Almas ficam o tempo que for necessário para aprender?
B – Isso é relativo. Parece que alguns estão aqui há 10 minutos e estão há três séculos do seu tempo. Aqui eles se sentem recém-chegados. Tempo não é uma constante.
Eu – (Para o grupo): Alguém quer fazer pergunta?
Pergunta – Pelo que eu vejo atentamente, o que vem se passando aqui na vida atual realmente é isso que a senhora está dizendo. O homem não sabe lidar, principalmente com a natureza, com a qual ele deveria viver em comunhão. E eu acho que seria uma forma melhor para todos, agora que a natureza já estava aqui e nós viemos bem depois dela. Então nós temos que nos adaptar a ela, viver dela e através dela, é claro com evoluções, mas que a gente pudesse elevar o primitivo dessas forças que são emanadas por ela, né?
B – Aí eu sou obrigado a te dizer que todos que estão encarnados e todos os que são desencarnados também, são parte da natureza e não conseguem, mesmo que tentem, nunca conseguiriam fugir das Leis da Natureza. O que os separa da Natureza é a mente, que mente, descaradamente. Porque para a natureza, quer você acredite ou não, não faz diferença. Ela vai continuar seguindo as Leis, quer você seja Ecologista ou não. Ela vai continuar seguindo suas Leis e essas Leis estão sempre em equilíbrio. Não há desequilíbrio. Existem pontos que parecem desequilibrados, mas não estão. A natureza sempre se recupera, sempre segue as Leis.
Eu – Às vezes me questiono. Destrói-se a natureza para aumentar uma cidade. Se não aumentar as cidades, não vai ter onde as Almas se estabelecer. Tira-se a natureza, mas acolhem-se as Almas que chegam. Essa é uma ideia coerente?
B – O ninho de Beija-Flor faz parte da natureza?
Eu – Sim, claro!
B – Então, por que o seu ninho não é? Do que foi feito o teu ninho?
Eu – De concreto, madeira…
B – Vocês tiraram de onde?
Eu – Da natureza! Acho que tudo sai da natureza, né?
B – Exatamente. Essa é a confusão: todo mundo vê o ninho do Beija-Flor como parte da natureza, OK, mas o teu ninho, a tua casa é parte da natureza também.
Eu – Não importa que seja uma cidade de concreto?
B – O concreto é tirado de onde? Da natureza. A substância química que polui o rio dentro de São Paulo, de onde veio? Da natureza, porque a poluição é da natureza. E a natureza vai transformar isso quando for necessário. O difícil é que as pessoas querem transformar as outras coisas, mas não querem Se transformar. A natureza vai se transformar e vai estar sempre se adaptando, sempre seguindo as Leis de Equilíbrio. Nada está fora da natureza.
Eu – Então tudo isso é blá, blá, blá… Seria para mascarar suas próprias responsabilidades? Se cada um assumisse a responsabilidade por si mesmo, seria diferente?
B– Sim! Exatamente!
Eu – Assim nós concluímos que o trabalho do faxineiro é tão importante quanto o do médico, é isso? Pergunta de um dos participantes do grupo: A importância da natureza, em relação aos espíritos encarnados no planeta tem a mesma equivalência? Ou a natureza faz parte do Divino e nós estamos aqui apenas para melhorar nossa matéria?
B – Você mesmo já respondeu. Tudo é uma coisa só, simplesmente tudo é uma coisa só. Não existe separação, quem separa é a mente. Tudo faz parte e essa ideia de evoluir é uma ideia muito TRISTE. Como é que um Pai tão sábio que criou tudo tão equilibrado e de uma forma tão coerente, iria criar seres quebrados, partidos e ainda não inteiros. Vocês já pensaram nisso? Então a ideia de que temos que EVOLUIR é principalmente para eu olhar para o meu irmão e dizer: olha, ele não é evoluído, precisa de passe, tomar hóstia, precisa tomar uns banhos…
Eu – Precisa ir ao centro espírita, desenvolver a mediunidade…
O mesmo membro do grupo – Mas há de convir comigo que existem diferenças, né? De repente surgem astros, com a sabedoria que pode vir de outras encarnações. Michelangelo, Leonardo Da Vinci, por exemplo, e outros que tais.
B – Esses que tais satisfazem a mente das pessoas, mas existem as mesmas diferenças que existe entre a Alfazema e a Arruda.
Eu – Eu acho que nós temos vários Michelangelos e Albert Einsteins entre as pessoas mais comuns. É que se rotula uma pessoa e então… Como a sua pergunta anterior: “a natureza é mais importante que a humanidade”? Qual a comparação entre ambos…? Em minha opinião nada é mais importante que nada.
B – Tudo é parte da mesma coisa, ninguém esta fora da natureza. E a ideia de evolução tem trazido mais dor, porque um Ser ao se olhar no espelho e dizer que ainda não é completo comete uma falta de caridade, porque o Pai criou tudo completo, tudo com uma sabedoria tão grande. Por que nós temos o orgulho de acharmos que somos incompletos? Ele só errou na gente?
Eu – É! Porque como nosso irmão citou esses personagens famosos, a gente pensa que jamais chegaria a ser o que fulano foi ou é. Nossa, Einstein! Nossa, fulano!
B – E aí você comete aquilo que já foi explicado, o pecado de não reconhecer a essência Divina que existe em você. Isso é um pecado.
Eu – Quando você se compara, você esta se menosprezando.
B – Deus compara? Para Deus, o que é mais importante, a Arruda ou o Alecrim, ou a Guiné?
Eu – Eu creio que não. Aí não seria justo. E isso se vê muito em escolas, por exemplo. Fulano tem nota tal, ciclano não tem notas boas. Fulano é melhor porque é pós-graduado. Acho que a humanidade tem que mudar esses valores.
B – Sim! Um nasceu para Alecrim, o outro nasceu para Arruda. E o que vocês chamam de evolução, na realidade é o aprendizado, a limpeza, o polimento de uma determinada parte da nossa essência Divina que quando eu a deixo limpa, polida se mostra como um todo. E então eu percebo que não sou pedaço, que não sou incompleto. Você acha que o trabalho da Abelha é mais importante que o trabalho do Besouro?
Eu – Não! Eu não vejo essa diferença nas coisas. Eu tenho muitos conflitos com isso.
B – É que vocês tiveram que criar classificações, porque vocês perceberam que existiam diferenças e nós resolvemos acentuar e quantificar essas diferenças e aí, inclusive, existem valores diferentes para essas diferenças. Nada disso é verdade, tudo isso é artificial. É a mente que mente, descaradamente. E os seres que aproveitam para sugar energia de vocês vão sempre convencer de que vocês estão incompletos na encarnação. Se incompleto, você não nasceu para ser feliz. Você nasceu para sofrer, e vem o desespero. Aquele dia que você esta feliz, você se surpreende. Meu Deus! Se eu estou feliz agora, vou sofrer amanhã por causa disso. Se estou rindo agora, amanhã eu vou chorar. Aí você nem vive a felicidade. E a felicidade é parte da essência de Deus. Mas ninguém nasceu para ser feliz 24 horas por dia. Isso é falso e se assim fosse, seria muito chato. Isso é para se aprender, para conviver.
Eu – Nossa companheira de grupo trouxe uma pergunta que acho que dá para encaixar nessa da vida feliz 24 horas. Ela me perguntou e eu não soube responder, fiquei de trazer para o Pai Benjamin ou para quem estivesse nos ensinando. Você quer fazer a pergunta?
Companheira do grupo – Eu queria saber sobre encarnação premio. Já tive varias vezes contato com esse termo. Têm pessoas que encarnam e tem uma vida muito boa, tudo é muito bom, da tudo muito certo, família boa, não tem infelicidade. O que seria? É realmente uma encarnação premio?
B – Calce a sandália dele, trilhe o caminho e veja o quanto dói.
Companheira – Não entendi, desculpe.
B – Calce a sandália dele, trilhe o caminho, e veja o quanto dói. Premio em relação a quem?
Companheira – A pessoa! É uma vida boa.
B– Quem viu como uma vida boa?
Companheira – A própria pessoa!
Eu – Depende do valor que você dá para a felicidade.
B – Você não vai conhecer ninguém assim.
Companheira: Eu conheço!
B – A mente mente, descaradamente.
Companheira – Eu discordo. Porque eu me encaixo nisso, eu já ouvi muitas vezes esse termo e me sinto assim. Porque eu acho que a minha vida aqui tem tantas coisas boas, tanta harmonia, paz, convivência de sentimento puro passado, que eu acho que não estou resgatando nada.
B – A mente mente, descaradamente e você está convencida das suas mentiras até o dia que doer. E já doeu e você sabe disso. Porque eu estou aqui vendo quanta dor já teve.
Companheira – Já tive, mas eu achei que é pouco.
B – Ah! Chegamos no ponto. Você queria mais. Quem é que pode dizer isso? É a mente que está vendo dessa forma. Cada um vê o que quer. Não existem encarnações premiadas. Ninguém esta aqui para ser premiado ou para ser castigado.
Companheira – É mais um resgate, né?
B – Não! Essa é mais uma ideia que traz sofrimento. Ninguém esta aqui para resgatar nada. Todos nós estamos para reconhecer nossa essência Divina. Ninguém evolui, todo mundo já é perfeito.
Eu – Então a evolução é o reconhecimento de si mesmo? Aceitar que você é uma Centelha Divina?
B – Sim! Mas como é que você pode evoluir, se você já é perfeito? Porque Deus não criou nada que não fosse perfeito. É aí que precisamos sair dessa ideia de que tudo é imperfeito e que nós estamos evoluindo. Tudo é perfeito! Nós estamos só aprendendo a reconhecer essa perfeição, e muitas vezes, a dor vem para me ajudar a aprender isso. O Amor vem para me ajudar a compreender isso. Também a Ilusão vem para me ajudar a compreender isso. Mas, ninguém evolui.
Eu – Não é pessoal a minha pergunta. Uma pessoa pode passar pela vida fazendo de conta que tudo está perfeito e não tomar atitudes necessárias para determinadas mudanças importantes na encarnação dela?
B – Que é o tempo? O que é passar pela vida?
Eu – Uma vida encarnatória?
B – Se você vai viver a eternidade e você viver 150 anos encarnado, matematicamente 150 divididos pelo infinito é zero.
Eu – Mas a gente pode viver estes 150 anos no País das Maravilhas, como a Poliana, vendo tudo com os olhos com uma lente que é criada como defesa para não tocar em nada?
B – Pode! A maioria das pessoas vive assim, cheia de escudos. Posso criar o escudo de defesa de ser alegre e aí quando alguém não esta alegre, eu o mando para aquele médico que receita remédio. Porque ficar triste é feio e estar alegre é perfeito. Não é que não se deva ser alegre, porque afinal, a partir do momento em que se reconhece toda essa perfeição, nós aqui somos muito felizes, mas nós também não temos que estar alegres o tempo todo. De vez em quando vem tristeza e para que ela vem? Para me castigar? Não! Ela vem inclusive para que eu valorize a felicidade.
Eu – É porque a encarnação é bem curvilínea, ora feliz, lá em cima, mais ou menos, no meio, triste, embaixo, sobe novamente. Não ficamos numa retilínea. Isso não existe na tristeza, nem na alegria, né?
B – Você explicou muito bem! Só que ninguém quer mudança. Todo mundo gosta da alegria, mas não gosta da tristeza.
Eu – Ou então gosta da tristeza e não da alegria. Vejo muitos assim, desce a curva e não voltam, preferem o vitimismo a usar isso como aprendizado.
B – Mas filha, quem desce, desce em relação a que? Desce em relação a quem? Há conceito de quem?
Eu – É o modo que usamos para entender o ser humano.
B – Para entender o parâmetro do ser humano encarnado? Mas isso não é assim, porque ao fazer isso, você está comparando. Isso é comparação e na natureza não existe comparação.
Eu – Como então fazemos para entender isso, essa oscilação, ora alegre, ora triste…
B – Expectativa… o que te faz triste? Uma expectativa de uma coisa que não foi satisfeita.
Eu – O pior é que nessa expectativa, a gente está no outro, né? O outro…
B – Sim. O desencarne de alguém te faz triste, porque você esperava que aquela pessoa não tivesse o direito de desencarnar.
Eu – Meu Deus, vendo assim, tiramos até o direito do outro de desencarnar.
B – Como é que essa pessoa tem a ousadia de desencarnar?
Eu – O difícil é a gente compreender e assimilar isso.
B – E o mais interessante é que a natureza sempre te mostra isso, desde que você nasceu…
Eu – É o filho que foi ser não sei “o que”, quando eu queria que ele fosse doutor. Nossa! Que decepção… É o marido que é assim, quando eu queria que fosse assado …
B – E aí você fica triste porque a natureza te fez algo… Não! Porque você teve uma expectativa não satisfeita. E o que é pior, as pessoas também não entendem a felicidade. A maioria acha que felicidade é ter satisfeitas as suas expectativas. Isso não é felicidade. Isso é satisfação de desejo. E aí a felicidade se torna algo muito tênue, porque ela não é completa.
Eu – Eu estou escrevendo o texto sobre a Sorte e o Azar e nele, o Pai Benjamin fala sobre isso. Que julgamos que ter dinheiro é ruim, e assim julgamos o rico. Não! Ter dinheiro é só uma ferramenta e depende de como você usa essa ferramenta. O ruim é que lutamos para ter excessos, não o que é necessário. É verdade, nossas vontades são muito maiores que nossas necessidades.
B – E Deus só vai satisfazer as tuas e as minhas necessidades…
Eu – Nossa!
B – Eu queria contar um pouquinho para vocês como é a vida aqui neste lugar. Não tem só escravos. Tem muitos Índios que foram Índios na encarnação. Porque aqui não tem Índio, Escravos, nada disso, ninguém tem RG, mas tem uma ligação que não é um apego, mas é uma ligação para se sentirem mais contemplados, tranquilos. Para seguirem seu caminho que não é um caminho evolutivo, mas principalmente para deixarem para traz as dores. Porque esse apego às dores é terrível. A dor aconteceu no dia 15 de julho de tal ano e a pessoa continua sentindo hoje. Isso é só para explicar no tempo de vocês. Tal dia, de tal ano, de tal mês aconteceu tal coisa e eu sofro tanto por causa disso. Ainda sofre porque quer. Já aconteceu, foi naquele dia, por que tem que trazer isso para hoje? Hoje tem tanta coisa boa acontecendo. Então muitos vêm para cá exatamente para aprender isso. E também para aprender o que podem fazer pelos outros. Porque somos todos unidos e parte da grande natureza que é o coração de Deus. Aqui o que nós temos é isso. A outra coisa que às vezes me causa medo é muita gente falando de trabalho, trabalho, trabalho, … que canseira. A gente esta aqui vivendo a vida verdadeira, amando, exercitando o Amor. Desde quando isso é trabalho? Isso é aprendizado dos mais bonitos e graças a nossa abertura, não tem nada a ver com a evolução. É simplesmente tirado da nossa frente, as máscaras que nós tínhamos nos colocado. Nós conseguimos inclusive acessar irmãos que nos ensinam um pouco mais. Não que sejam mais evoluídos, mas porque já tem mais capacidade de manifestar a natureza Divina que trazem dentro deles.
Eu – Então isso que nós chamamos de evolução, seria a capacidade de entendimento da Centelha Divina que você é? E poder se expressar através dessa Centelha? Você crê nessa Centelha, entra em contato com ela e se deixa manifestar através dela, com mais sabedoria?
B – Exatamente. Aí não existe mais trabalho, dificuldade, problema, nada disso! Só existe o existir.
Eu – Vocês nessa fazenda estão juntos por ressonância?
B – Sempre! É por isso que nós ainda nos mantemos aqui. Isso tudo era uma grande fazenda de cana e muitos espíritos ainda precisam dessa ressonância. Eles se aproximam por essa energia.
Eu – E ainda existe a energia da cana aí?
B – Da cana e de outras plantas também. A cana tem uma seiva bastante interessante que vocês aprenderam a usar para fazer o açúcar que vai matar tanta gente. Mas ela quando plantada e respeitada, mantém uma energia muito grande de cura. Inclusive de cura dessas falsas tristezas que a mente te traz. É por isso que muita gente se vicia.
Eu – Por causa do doce dela?
B – Isso! Isso mesmo.
B – Eu agradeço muito. E agradeço o Benjamin.
Eu – Ah… você já vai embora?
B – Sim, está na hora. Agradeço o Benjamin que veio me visitar. Ele esta sempre aqui. É amigo há muito tempo.
Eu – É um malandrinho o Pai Benjamin, né?
B – Ele me emocionou bastante. Ele trouxe muitos… E aqui alguns dos que são fieis do Rosário da Nossa Senhora dos Pretos (grupo de espíritos que da sustentação a nossas canalizações) também já passaram aqui. Viveram aqui conosco, tiveram experiências aqui ou participaram do que vocês chamam aí de cursos ou workshops.
Eu – Quer dizer que vocês fazem Workshops ai? (Risos)
B – Chique, né? Mas aqui a gente só convive. Muitos estiveram aqui e estão voltando muito felizes, graças a Deus. Quero dizer mais uma vez que vocês se olhem e se lembrem de que a Mente, Mente, Descaradamente. Pensem um pouco com o coração. Vejam o que a vida te trouxe, acelere essa expressão da Centelha Divina. Sorria, chore, grite, sussurre, mas permita que cada uma dessas manifestações venha com essa centelha. E pensa bem em que você esta abusando do que lhe foi dado para a cura, o aprendizado, a convivência. De novo, como exemplo, essa história do cigarro. E tem tantas outras. Pense no que você esta fazendo porque os outros disseram que é bom. Porque tem muita gente te dizendo o que é bom e a sua Essência Divina se apaga quando isso acontece.
Eu – Representando o grupo, eu quero agradecer. Minha Gratidão particular. Eu nem sei como expressar, mas em nome de todos nós, eu agradeço muito. Para nós esse dia, esse contato, essa experiência que vivenciamos entre encarnados e desencarnados é um presente. Gratidão profunda! A você, a todo o grupo que nos assessora, ao Benjamin que já há algum tempo enriquece nossas vidas com ensinamentos e com esses contatos, como o de hoje com você. Que vocês continuem com seu Workshop bem gostoso.
Pai Benjamin – Sabe filha, essa mulher que eu trouxe estava com um vestidinho de chita, fumando seu petenguá, sentada no tronco.
Eu – Inclusive ela estava descalça. É tudo tão tranquilo né, Pai Benjamin?
PB – E uma vez perguntaram por que ela não voltava para o trono, e ela disse que o trono da dor nas costas. Que o tronco é bom… Ela aprendeu que, às vezes o trono da dor nas costas.
Eu – É como você, né? Prefere estar como Pai Benjamin a estar como outros títulos que já teve na sua jornada, que não foram poucos, né?
PB – É mais confortável, porque outras coisas dão dor nas costas…. Eu quero agradecer essa amiga que esteve aqui hoje. É uma amiga de muito tempo, no tempo de vocês, porque tempo não existe. Então ela é uma amiga de agora, mas é uma amiga que me ensinou e me ajudou muito.
Eu – Que bom saber que podemos sempre ter essa referencia da amizade. E eu quero pedir para que na próxima aula, não tenhamos que dar um tema, para que vocês trouxessem o que é importante, como hoje, cujo tema era o Caráter e se falou de tantas outras coisas.
PB – E você acha que ela não falou de caráter?
Eu – Claro, falou! Mas também falou de tantas coisas.
PB – Eu vou fazer uma brincadeira e espero que você não se irrite comigo, tá? É uma brincadeira que eu vejo vocês fazendo. Tinha que desenhar? (Risos).
Eu – Mas vamos deixar com vocês o tema ou você prefere que se aborde o assunto?
PB – Veja filha, em alguns assuntos, o tema acaba mobilizando o grupo de pesquisadores que estão aqui desencarnados e que também estudam. Então eu prefiro que vocês tragam o tema. Veja hoje, Benvinda trouxe tantas coisas com sua experiência falando de Caráter de uma forma que talvez poucas pessoas tenham falado. Porque muita gente quando vai falar do Caráter, só põe o dedo na ferida do outro. Porque como está no Evangelho, é fácil ver o cisco no olho do outro, difícil é ver a trave que esta na frente da tua testa. Então, é um outro jeito tratar de caráter dessa forma suave, mas ao mesmo tempo, de forma profunda. Mas eu gostaria que ainda houvesse temas porque o grupo de estudos se prepara. Eles também estudaram sobre o Caráter. Muitos deles estudaram coisas e livros escritos sobre moral, caráter. É isso que importa.
Eu – Então, tá! Vamos abordar então um assunto para a próxima quinta-feira.
PB – Eu me despeço, agradecendo essa amiga especial que eu realmente admiro. E por ter nos dado esta oportunidade. Não sei se alguém conseguiu ver esse lugar onde ela vive, ou sentiu um pouco dessa energia. É um lugar muito especial, especial mesmo, principalmente para quem viveu o drama da escravidão.
Eu – Gratidão, Pai Benjamin! Agora sugiro ao grupo, continuar em silêncio, com os olhos fechados. Vamos sentir um pouco mais da energia desta fazenda e dessa irmã e companheira que humildemente nos presenteou com sua sabedoria. Gratidão