14jun

Dia 30/01/14 – Estudo sobre o Ego.

DNo Evangelho, Instrução dos Espíritos – A Maneira de Orar.

Mais uma vez estamos reunidos para nossos estudos. Vamos aguardar a presença da Equipe Espiritual que nos assiste ancorando esses trabalhos, e do representante do grupo de desencarnados, que vai nos trazer o estudo sobre o assunto de hoje. Em silencio vamos elevar nossos sentimentos em Gratidão. Agradecer por mais esse dia, por mais esse momento. E por mais uma vez estarmos reunidos para um aprendizado.

Apresentação do representante do grupo – Boa noite! Meu nome é Adalberto. (Vou me referir a ele usando a vogal A)

Eu – Seja bem-vindo Adalberto. Estamos gratos pela sua presença! Preparei esse tema, por estar relendo o livro as Cartas de Cristo, e no capitulo oito, o Ego é bastante abordado, e achei que seria importante o estudo sobre esse tema estar indo para o blog. Peço que me permita uma frase do livro: “O Ego é a ferramenta da criatividade Divina para produzir a individualidade a partir da unidade do próprio ser´´. Achei essa explicação sobre o ego muito bonita, por isso resolvi trazer, para entendermos um pouco mais a função do Ego.

A – Vou dizer antes de tudo que estou aqui como um porta voz de um grupo que já discutiu sobre isso, e que também recebeu lições de Mestres que estão acima de nós, então eu me coloco só como porta voz. Não estou aqui como alguém que tem a última palavra, mas venho para sintetizar o que foi discutido nesse grupo junto com nossos mentores também.
A primeira coisa que cabe colocar, e que quando foi abordado o termo – Ego – mesmo nessa frase que você acabou de colocar, e que corrobora a ideia que eu quero expor, é que nós ainda continuamos tanto encarnados quanto desencarnados fazendo divisões. É como se você olhasse para o seu pé, e o seu pé não fosse o seu corpo. As divisões elas são importantes para fins didáticos, para que possamos tentar classificar coisas. Mas no espírito encarnado ou desencarnado não existem compartimentalizações. Cada ser, hora encarnado, hora desencarnado é um complexo que apresenta todas essas características que já foram analisadas. O termo analise significa recortar e ver por partes. Ninguém é uma parte! Se você tiver dor de cabeça, você não é uma cabeça que dói. Você é um ser completo que tem dor de cabeça. E muitas vezes as pessoas, encarnados e desencarnados se esquecem disso. O que é o Ego? Como bem disse a frase lida. O Ego é um instrumento de Deus para que a individualidade se manifeste. O pé é um instrumento de Deus para que seja possível a locomoção, mas o pé não o faz só. Existe toda uma complexidade que favorece a locomoção. Tente separar o pé do cérebro, e não anda mais. Então quem anda não é o pé, quem anda é um organismo completo. Tente pegar um organismo inanimado pela ausência de um Espírito que o anime e peça para que ele ande, ele tem todos os cordões nervosos, ele tem toda a capacidade bioquímica, mas não há o espírito a animar essa capacidade. Agora, um espírito que não esteja ligado a um corpo também não consegue viver, portanto a complexidade tem que ser respeitada. O ego não é algo que se destaque de alguém, é algo que faz parte de alguém. Já está mais do que na hora de nós evitarmos usar esse subsidio da análise e começar a perceber a grandiosidade e a complexidade de cada um, encarnado e desencarnado. É fútil querer que o ego seja esquecido. A quem inclusive, mais uma vez de uma forma fútil queira acusar o ego pelas mazelas da humanidade, porem um espírito encarnado ou desencarnado que não tenha fortalecido suficientemente o seu ego, que não tenha desenvolvido suficientemente a sua individualização, não é capaz de perceber sua ligação com outros espíritos. Portanto a história de que se deve abafar o ego, mais uma vez é criar sombras. E quantas pessoas não estão tentando abafar seu ego, algumas com falas suaves, parecem ser santinhas, se preocupa só com o outro… dizendo nas entrelinhas: veja que maravilha eu sou. Isso não é só uma versão do ego, isso é uma versão do egoísmo, o termo vem do ego, mas é si pautar apenas no seu querer. Portanto. Cuidado! O ego está aqui exatamente por ser um instrumento de Deus para a manifestação do indivíduo, não está aqui para ser suprimido. Quem é que se acha bom o suficiente para suprimir uma manifestação de Deus, isso é egoísmo. Os grandes iluminados vieram mostrar que é importante que se fortaleça o ego, mas que não se viva em função dele. Essa é a grande diferença. Um ego forte não tem problemas de autoestima, não tem essa de seguir o que as multidões clamam. Egos fortes no sentido de fortalecidos, e não de egoísmo exacerbado, são passiveis de perceberem quando as multidões inclusive estão erradas, de irem contra o que todos dizem. Quando são suficientemente fortalecidas para serem coerentes com o que pregam, e com o que acha correto.

Eu – Quer dizer que um ego equilibrado tem sua alternância, mas se mantém coerente.

A – Cuidado para não interpretar que alguém com o ego equilibrado é uma rocha que não muda de opinião, quando na realidade, só os que têm egos equilibrados, é que são capazes de mudarem a partir da percepção de que algo é melhor do que eles pensam. Um ego equilibrado é capaz de proferir a frase que mostra capacidade. Que é. Eu não sei. Porque alguém quando não sabe e se arvora em conhecedor, não tem o ego equilibrado, é sim alguém com uma baita baixa autoestima.

Eu – Então um ego equilibrado está ligado à humildade?

A – Extremamente ligado à humildade! E veja que interessante, o mesmo ego que permite a manifestação da humildade, se desequilibrado é o grande pai do ego- ismo.

Eu – São os opostos?

A – Talvez seja o extremo de uma mesma energia. Quando o ego está equilibrado a humildade se manifesta, porque um ego equilibrado sabe que faz parte de todo complexo do eco sistema, portanto um ego desequilibrado se acha. Como você disse outro dia? A última bolacha do pacote. Se acha superior. O ego equilibrado percebe-se, igual. Mais uma vez, lembra-se daquele conceito de pecado, que é não reconhecer a Centelha Divina de que se é portador, e não reconhecer a Centelha Divina do que o outro é portador. Um ego equilibrado reconhece a Centelha Divina. Se vê como portador da Centelha Divina, e reconhece essa Centelha no outro. Um ego desequilibrado não reconhece sua Centelha e se coloca superior ao outro, e aí é egoísmo.

Eu – E a doença, porque nesse capítulo do livro se fala muito da somatização no físico pelo desequilíbrio…

A – Uma coisa que é importante. Não se entra em desequilíbrio, se atrai o desequilíbrio, e se apega aos desequilíbrios. Isso é que causa doenças. E isso é egoísmo, não é um ego equilibrado. O ego equilibrado sabe que não precisa se manifestar através da doença. Sabe que não precisa atrair desgraças e misérias para ser visto. O ego desequilibrado prefere inclusive se submeter ao sofrimento para atrair atenção.

Eu – É. No texto que estou escrevendo fala isso, Jesus sendo pregado na cruz pede perdão para os algozes que o estava torturando.

A – Então perceba essa diferença, a importância que o ego tem. Só através do ego é que se manifesta a humildade, só através do ego é que inicialmente se separa o indivíduo do todo, para que separado, ele possa perceber, quanto ele é a parte do todo, apesar de parecer paradoxal, é o caminho que existe.

Eu – E no plano desencarnado também funcionamos assim, nós levamos o ego dessa maneira ao desencarnar?

A – Sim, do mesmo jeito. Só que ele não vem numa capsulazinha colocada no ombro esquerdo, ele faz parte do complexo que desencarna.

Eu – O ego não se estabelece a partir do momento da fecundação?

A – O ego já vem junto com o espírito que encarna com as experiências anteriores. E o que são as vidas paralelas que vocês estão acostumados a ver na apometria, as personalidades, as subpersonalidades. É manifestação do desequilíbrio do ego. Um ego tão comprometido que a manifestação maior desse egoísmo foi continuar vivendo o sofrimento.

Eu – Não aceitou a passagem? A mudança?

A – Exatamente! Porque não tinha um ego harmonioso. Como ousa Deus infringir no meu sofrimento, eu que sou tão… Isso é um desequilíbrio do ego! O ego em harmonia percebe que se algo aconteceu é porque tinha que acontecer. E o tempo verbal, aconteceu, está no passado. E eu posso deixar o passado no passado. Jesus diz no Evangelho: “ Que os mortos enterrem os seus mortos´´. Que o passado fique no passado. Que o futuro não seja preocupação para agora. Porque o agora é o único presente.

Eu – Graças a Deus não passei por isso, mas tem um caso na família que uma tia perdeu um filho. Ela levou uns dez anos para aceitar a morte desse filho. Ai a pergunta! Essa mãe está dentro desse ego que não aceita? Porque já nos foi dito que não damos ao outro nem o direito de morrer. Está ligado a um ego que determina como quer que seja, e se não for assim, eu não aceito e então entro em depressão profunda…?

A – É engraçado que você acabou de explicar o que é mais importante nessa história. A sociedade e as pessoas dizem que uma mãe tem que sofrer ao perder um filho. E a pessoa aceita isso como regra. Quem criou essa regra? É óbvio que uma mãe não vai estar feliz e alegre porque seu filho desencarnou. Mas porque alguém tem que continuar vestido de preto, guardando luto? Porque a sociedade também a olha como a pobre mãe que perdeu um filho. Ela deixou aí de ser uma mulher. Um espírito encarnado. Um indivíduo um ser da sociedade. E uma parte do Todo. Então veja, além da influência do ego, existe também a influência do outro. Quando essa pessoa passa a ser vista como uma pobre mãe que perdeu um filho…, que você entende? E você acabou de dizer que isso é normal…

Eu – Eu disse que aprendemos que o sofrimento faz parte da morte.

A – Exatamente! Para ela isso passa a ser um motivo de atenção, e uma forma de se comunicar com o mundo, porque o mundo a chama de, “a pobre mãe que perdeu o filho´´. E ela assume esse papel.

Eu – Nossa! É muito difícil lidar com isso sendo mãe e tendo esse acontecimento tão próximo. E ela dizia que não achava justo aquilo. Isso me vem muito hoje depois dos nossos estudos, porque vivenciei isso tudo muito próximo. Ela adoeceu.

A – Então! Ai a pessoa se martiriza, adoece, e se torna uma mártir. E aí o que é o mártir. Se martirizou! É um herói! E olha que maravilha ser um herói!

Eu – Mas e a dor?

A – A dor existe…

Eu – Mas o sofrimento é opcional. Já aprendemos isso aqui.

A – E você mesmo acabou de dizer que entende essa atitude dela, e ninguém vai pedir a ela que mude de atitude. Pelo contrário! Todo mundo alimenta essa atitude. É como se todos dissessem a ela. Que lindo! Ela é uma mãe que sofre pelo filho, ama muito seu filho. Você é uma mãe exemplo. Olhem como ela sofre por amor ao seu filho.

Eu – Então isso foi um treinamento que recebemos? E pensando bem a classificação do sofrimento em velórios é muito comum se medir pelo escândalo que a pessoa faz. Chorando, gritando… se a pessoa não chora, não sentiu.

A – As duas coisas. O ego, como Deus faz isso comigo, essa injustiça de me tirar um filho jovem. Como se o tempo tivesse importância, se morrer com oitenta anos, tudo bem? Mas com vinte!

Eu – Esse preconceito se tem mesmo, se for idoso, tudo bem… já estava na hora.

A – Exatamente! Isso é fruto do conceito que só essa vida existe. Porque quem diz isso só crê nessa vida. Acha que depois vais ficar tocando harpa esperando o juízo final. Então perceba o quanto de ego tem do ser que vivencia isso, e dos seres que estão em volta, que manifestam também essa manifestação egoística. “ Eu compreendo porque toda mãe tem que agir assim, isso é amor´´.

Eu – E se alguém desencarna numa família e alguém não chora… eu ouvi isso na morte do meu pai, não chorei, e fui cobrada que eu não estava sentindo a morte dele.

A – Porque você saiu do lugar comum. Um ego bem trabalhado, ele sabe que não precisa acompanhar os normais, ele não precisa crucificar Jesus. Só porque todos apoiaram, ele pode ir pelo caminho contrário. Agora! Quantos têm o ego bem trabalhado?

Eu – E, no caso do desencarne eu acho que é difícil uma pessoa sustentar a dor num ego em equilíbrio. Desconheço!

A – Uma pergunta que cabe aqui. Você conhece alguém que não vá desencarnar? Talvez você! Está convencida que não vai desencarnar?

Eu – Não. Deus me livre!

A – Pois é! Não é um contrassenso. O desencarne é a única certeza que temos quando encarnamos. Todos vão desencarnar! E o desencarne deveria causar essa comoção?

Eu – Então as pessoas não deveriam estar mais preparadas para à morte?

A – Sim! Mas a maioria das pessoas não quer ser trabalhadas para a morte. Porque quem não vive bem, não pode morrer bem. A maioria das pessoas não quer viver bem, e não vai se dar o direito de morrer bem.

Eu – Nos fale um pouquinho sobre esse desencarne com o ego nessa condição. Nos corpos esse ego ficaria registrado que partes nos corpos?

A – Mais uma vez ressaltar que essas divisões não existem. Elas estão ligadas a um todo, essas divisões são para fins didáticos. Os corpos não existem como divisões, eles estão ligados. Então, cuidado para não achar que eles têm um lugarzinho. Não existe um lugarzinho especial para o ego. As divisões são importantes para o estudo. Mas …

Eu – Mas nos estudos deixo muito claro que tudo está ligado, chackras, corpos, meridianos, físico…

A – Sim. Não há nada que esteja desconectado. Não é como um jogo de peças que eu vou tirando como se um fosse o ego, o outro…

Eu – Isso é o que fez a medicina, separou o ser em pedaços, que para fazer um checape se precisa consultar muitos médicos.

A – Na realidade para esse movimento da humanidade é importante que se tivesse a capacidade de análise. A partir de agora essa capacidade deve ser mais valorizada. A capacidade de síntese, que é juntar todos esses pedaços e olhar para o ser como um ser integral. Inclusive integrado a toda humanidade, ao planeta e ao universo. Integrado a energia.

Eu – Inclusive diz nesse livro que vai ter técnicas de leitura para detectar a doença antes de se instalar no físico, e que as doenças emocionais vão deixar de existir na humanidade. Sabemos que existe o espiritismo que trata essas doenças ainda no corpo astral. Existe a Radiestesia. Seria alguma coisa diferente dessas técnicas? Não sei se entendi direito. Não vai precisar mais das avaliações psicológicas. Isso estaria no ego bem trabalhado?

A – Sim. Existe uma coisa bastante gradativa, o que o livro coloca, é que você não vai ter mais tanta influência psicológica no físico porque esses corpos vão estar cada vez mais distanciados, apesar de fazer parte da mesma unidade. Assim, vai haver cada vez mais mecanismo de percepção de mudanças desses padrões. Porque o padrão atual é o padrão autodestrutivo, cada um se autodestrói, muitas vezes por se achar indestrutível.

Eu – E às vezes se destrói também por se achar muito construtivo.

A – Ou por se achar indigno não merecedor. Que é um desrespeito e uma afronta a Centelha de Deus que existe em você.

Eu – E essa mudança da estrutura do ego está relacionada à evolução humana, ou planetária? Seria a mudança da humanidade?

A – Mais uma vez isso é uma simplificação. Todas as coisas que estão ocorrendo, estão ocorrendo ao mesmo tempo por influencias de vários fatores. Então cuidado! Porque alguns acabam se convencendo de que a terra passa agora por uma transformação em que todos se transformarão em anjinhos, que terão a espada de Miguel cortando todas as coisas ruins.

Eu – Recebi um convite para um evento onde vai ser apresentado como os seres Índigos estão se tornando Cristais, e essa será a nova humanidade.

A – Mais uma vez o ego! Olha! Eu sou Índigo. Agora vou ser Cristal. Daqui a pouco, Anjo… sou melhor que os outros.

Eu – Mas essa coisa dos Índigos – Cristais. Isso tem a ver com a humanidade?
A humanidade é Índigo e está se tornando Cristal?

A – A humanidade continua sendo humanidade, a mania de classificações é mais uma análise.

Eu – Nossa! Fala-se isso em nome de seres muito evoluídos.

A – Você nunca ouviu falar que se mata em nome de Deus? Se até isso se fala, imagina o resto.

Eu – Mas eu acho que a humanidade já está num momento de não mais se complicar com isso. Então o ego não mudou nada.
Pessoa do grupo – Mas e as crianças Índigos, não existem?

A – Se você quiser transforma-los em Coral! Cada um vê o que quer. Isso que é importante. Que se perceba, que cada um, encarnado ou desencarnado tem uma visão restrita da realidade. E essa visão restrita tem que ser percebida como uma visão restrita, e não como uma verdade absoluta.

Eu – Então eu pergunto o porquê esses seres que estão chegando, essas crianças são tão mais rápidas, tanto para nos trazer, como para aprender, entender… isso não tem a ver com seres mais especiais? Cristais, Índigos.

A – Quando você resolveu trocar de carro, você escolheu o modelo?

Eu – Sim!

A – E aí você só via esse melo na rua. Então o que acontece é que cada um só vê o que quer ver.

Eu – Mas as crianças de antigamente eram muito burrinhas?

A – Baseado em que?

Eu – Baseado em que eu tinha uma dificuldade maior que as de agora.

A – Então você está se baseando que as crianças de antigamente eram muito burrinhas, pelas suas experiências.

Eu – Não acho não, só pela minha experiência. Acho que todas essas gerações anteriores a minha, e muitas posteriores sempre foram mais passivas.

A – Essas gerações fizeram grandes movimentos históricos. Grandes movimentos!
E não tinha computador. E qual a diferença? Sem computador astrônomos Gregos e Egípcios calcularam a distância da Terra ao Sol. Sem computador! Calculavam a ocorrência de fenômenos Astrológicos e Astronômicos. Então eles eram burrinhos?Uhau! Mais uma vez o ego. Ah! Estamos vivendo um momento em que as crianças e pessoas são muito espertas. E os anteriores, não eram?

Eu – Éh! Pensando bem acho que não fazíamos porque não nos era permitido. A educação era muito rígida, a criança nem se expressava. Não? Será isso?

A – E aí depois esses adultos que foram crianças que não se expressavam mudaram o mundo. Ah! O mundo está mudando agora! E que aconteceu no passado.
E os grandes filósofos. Até hoje se discute Platão, Sócrates de 2.500 anos atrás. Para vocês que gostam de medir o tempo. Toda faculdade de Filosofia atual discute Platão e Sócrates.

Eu – É mesmo, né!

A – Os livros do antigo Testamento, ainda estão aí vivos. Os Vedas. As pessoas são mais espertas agora?

Eu – Mesmo os estudos da Psicologia, Freud, Jung, Nietzsche. É verdade mesmo. São os conceitos e as influencias que nos conduz, e não paramos para avaliar.

Pessoa do grupo – Só que hoje tem mais facilidade. Né?

A – Será?

Eu – E o Google contribui muito na nossa vida hoje.

Participante do grupo – Acho que o que nos tempos antigos levávamos tempo para aprender, hoje se liga uma máquina e a informação já está pronta, e você sabe na hora o que está acontecendo no mundo.

A – Aí está a grande diferença – o que é aprender – e o que é ser informado. Com a grande dificuldade no passado as pessoas ouviam e expressavam seus sentimentos, e agora as pessoas não falam mais dos seus sentimentos. Então perceba! O que você vê como facilidade, pode ser que seja um processo de dificuldade.

Eu – E. Você se relaciona com uma máquina, e tudo está ali pronto. Não precisa ler, pesquisar. Não se vai trocar. Quando a gente lê as bibliografias de Freud, Nietzsche. Eles se reuniam durante noites para discutir um assunto. Mesmo Kardec.

A – Então cuidado com o conceito de que agora tudo é mais fácil. Talvez não seja. E talvez todo esse excesso de informação, inclusive, dificulta a formação do verdadeiro aprendizado, porque você tem tantas informações atualmente, que talvez o que seja realmente importante lhe passe despercebido.

Eu – Eu não sei, mas acho que isso dificulta um pouco a formação do caráter. Você concorda?

A – Mais uma vez é a história de ficar sempre fazendo classificações. A humanidade continua sendo a humanidade. E veja, você fala pela experiência que você está vivendo agora. Ok, na sua realidade. O computador, como você disse ocupa uma boa parte da sua vida. Vá para outros lugares, para outros seres encarnados nesse momento, que nunca se quer viram um computador, e que não vão ver. Tudo isso acontece ao mesmo tempo neste orbe Terrestre.

Eu – Para mim é uma grande mudança, porque eu conheci luz elétrica na adolescência, e hoje com 65 anos eu fazer uma grande parte das minhas coisas num computador… é fantástico! Mas não reclamo do que vivi naquela época.

A – Veja! Todas as vivencias elas são importantes. Naquela época você teve uma aceleração em determinado processo. Mas todos os processos continuam terminados. Kardec escreveu sobre a necessidade da celebração material, para que depois houvesse o aprendizado moral. E isso é claro! Só que já houveram acelerações previas inclusive neste orbe Terrestre por seres que já vieram, já foram, e já estão esquecidos. Civilizações já tiveram auge. Já foram muito mais evoluídas tecnologicamente do que você vê hoje. Alguns dos que viveram neste planeta num passado distante considerariam a necessidade de maquininhas para a comunicação uma aberração, uma falta de tecnologia.

Eu – Inclusive a construção das pirâmides no Egito e muito mais coisas ainda existentes. A inda é um mistério para o entendimento atual da tecnologia.

A – Exatamente! Você vê aí que tudo são ciclos. O problema é que numa encarnação é impossível acompanhar o ciclo completo. Um ciclo muitas vezes dura milhares de anos. Então vocês agora estão vivendo um ciclo… as histórias como vocês conhecem teve início a muito pouco tempo, já houveram outras civilizações antes de que essa história oficial se iniciasse. Então cuidado com essa ideia da facilidade, ou da superinteligência das crianças inteligentes. As crianças continuam sendo crianças, e continuam sendo espíritos que já tiveram vivencias. E em cada lugar vai encarnar espíritos adequados para aquele momento e para aquele espaço físico. A mesma coisa que em determinados lugares encarnam espíritos com desenvolvimento tecnológico enorme. No mesmo planeta você vê espíritos extremamente envolvidos, ainda tendo que sobreviver com dificuldade, usando de violência. Usando mais de um instinto do seu sustento.

Eu – E ele é filho de Deus também. Né?

A – Exatamente! E portador de uma Centelha Divina, e não é um ser menor. Por isso a teoria da evolução muitas vezes precisa ser requisitada, porque alguns se consideram o suprassumo da evolução, e vê no outro o ser pouco evoluído, quando na realidade todos são portadores da mesma Centelha Divina. E aqui para que possamos entender o ego, como eu disse, é necessário perceber que o ego faz parte de todo um conjunto, e que é a manifestação do espirito encarnado, mas que ele continua ligado ao espirito mesmo no período entre encarnações. O ego é fundamental para a individuação. E a individuação é fundamental para a percepção da dissolução num todo.
Eu – Então quer dizer que eu desencarno, meu ego fica ligado ao espirito, e esse ego é o mesmo de outras encarnações? É o mesmo sempre?

A – O que você chama de ego sim. Claro que ele vai ter características diferentes a cada encarnação, porque vai ter que se adaptar cada vez a corpos físicos diferentes, a situações sociais.

Eu – Então em cada encarnação você não desenvolve um ego. Desenvolve-se uma nova condição para o ego. É isso? Você traz nele as condições antigas e mais as adaptações aqui?

A – Até que você atinja um momento em que o ego se torna desnecessário. Mas você não vai ter que matar o ego como ensina algumas filosofias, você vai ter equilibrado esse ego e permitido que ele se manifestasse de uma forma mais harmônica.

Eu – Então é por isso que essas personalidades que ficaram no passado, ela tem uma força muito grande na personalidade encarnada. É porque ela conhece esse ego?

A – Exatamente! Ela já moldou esse ego aquelas condições, e esse ego tem dificuldades de se desligar de algumas condições. Algumas condições, não só de sofrimento, mas a algumas condições de poder que é muito mais sedutor que o sofrimento. Situações de prazer…

Eu – E também de benefícios. Né? Que vai ajudar.

A – Exatamente! É mais ou menos como se você tivesse uma daquelas bonequinhas que tem muitas roupas, você está trocando as roupas da bonequinha.

Eu – Aquela roupa existiu e a energia vai ficar presente ali.

A – E ela vai ser usada se você ficar pegando essa roupa. No momento você só tem a fotografia da roupa.

Eu – Porque ela faz parte da sua história. Jogar fora nós não podemos?

A – Podemos! Você pode inclusive jogar fora uma encarnação.

Eu – Acredito. E isso se faz muito. Né? Se passa pela vida e não vive.

A – Se perde a oportunidade de vivenciar o presente.

Eu – Isso seria uma indiferença ligado ao ego?

A – Seria o não reconhecimento do presente que recebeu. Eu sou tão egoísta. Um ego tão desequilibrado, que eu sou mais importante que todo o restante.

Eu – Então seria, eu não vivencio as situações, não me envolvo…

A – Eu me acho acima do bem e do mal, só interessa o meu prazer e o meu benefício. A minha prosperidade. Você conhece alguém assim?

Eu – Sim. Conheço!

Pessoa do grupo – Então o ego está ligado diretamente à evolução do espirito? Ele acompanha o espirito, e é afetado pelas formas de pensar e pelas atitudes e formas de agir?

A – Na realidade o ego possibilita a manifestação do Espirito. O Espirito é o portador da Centelha de Deus que vai se manifestar através do ego O ego não necessariamente acompanha, ele é uma forma de se manifestar.

Eu – Quando a pessoa está ligada somente ao seu próprio umbigo, a pessoa só está manifestando o ego e não as necessidades do espirito? É isso?

A – Você conhece pessoas que a roupa é mais importante do que o corpo? Isso é o que acontece quando o ego é mais importante que o espirito. E o ego como uma ferramenta deve ser visto como algo a ser utilizado. Ele não é o agente – ele é uma ferramenta, como disse a frase do livro que você leu no início. E ferramentas precisam de uma inteligência que a movimente. É como se você pedisse que o seu liquidificador fosse o coordenador das atividades do seu lar.

Eu – O ego seria o mediador entre o espirito e o corpo?

A – Não. Esse é o períspirito. O ego é a forma pelo qual o espirito vai estar se manifestando, mesmo que não seja no corpo físico. Ele permite a individuação daquele espirito. O espirito sai do todo. Se individua. Quer seja encarnado ou desencarnado, para que ele aprenda olhando o seu isolamento, e para que ele perceba a importância de retornar ao todo.

Eu – Vamos falar de quando se faz uma meditação, sem criar imagens para não entrar nas ilusões, foco na minha Centelha Divina. Nesse momento o ego está presente. Ele faz o elo nesse contato?

A – Você está numa posição especifica quando medita do corpo físico?

Eu – Não. Uma posição confortável.

A – Seu pé está presente?

Eu – Sim! Claro!

A – Você conseguiria tirar o seu pé?

Eu – Claro que não! Eu só quero entender qual o papel do ego nesse momento.

A – O papel que você der para ele. Você pode permitir que ele seja o líder. Os indianos têm uma metáfora muito bonita do ego, que é um Deus chamado Hanuman. O Deus macaco tinha a capacidade de realizar muitas proezas, mas ele não tinha a capacidade de dar as ordens para que as proezas fossem realizadas, e quando o governador Krishina permitiu que Hanuman fosse o governador por algum, tempo a bagunça foi enorme. E é isso que muitas vezes acontece. Nós permitimos que o ego se torne o poder. E o ego foi instaurado como um instrumento. Portanto! Para ser liderado.

Eu – Muito bom! Temos que comandar nosso ego.

A – Como disse Vitor Hugo: Pelo menos uma vez por ano, pegue o seu dinheiro, coloque na mesa e diga quem manda em quem, o dinheiro em você. Ou você no dinheiro. Porque muita gente se perde. Desfrutar do material não tem nenhum problema. Ser desfrutado pelo material, esse é o impedimento para se chegar ao reino dos céus.

Eu – E aí é onde fica o ego, no dinheiro ou em você. Certo?

A – Então, como muitos dizem matar o ego é um absurdo. É como se estivéssemos propondo matar o pé direito. Um absurdo! É importante que tenhamos o ego como uma ferramenta, e que saibamos equilibrar essa ferramenta.

Eu – Eu gostaria que você falasse um pouco do ego e a Alma.

A – O problema é o que vocês chamam de Alma. É uma confusão enorme. Alguns colocam a Alma como um espirito. E muitos, os mais sábios colocam a Alma como a Essência Divina, ou o seu Eu Superior. São iguais! São palavras vindas de idiomas diferentes que são necessárias para a comunicação, mas que não expressam toda a essência. Vamos ver. Se a Alma é a essência. O Espirito é a manifestação dessa essência, que vai então criar um ego. Individuar-se, para se apresentar em diversos contextos. Ou seja. Na encarnação, no período desencarnado, para manifestar suas ideias e suas energias.

Eu – Então a Alma é coletiva?

A – A Alma se liga ao coletivo, dela começa a partir a individuação. É complexo! Mas isso são divisões criadas. Nada disso existe.

Eu – Nada disso é isolado. Né? Acho que se confunde muito sobre isso.

A – Os idiomas é que permitem isso. Dificilmente nós vamos conseguir exprimir essa ideia de uma forma completa. O idioma é uma limitação, qualquer que seja ele.

Eu – Então a Alma está no Todo. No coletivo. Aí desenvolvo o Espirito. Daí crio o Ego e individualizo. E ele que é a manifestação desse Espirito nos diversos contextos, tanto encarnado como desencarnado. Sempre foi confuso entender essas partes do Ego, Espirito e Alma.

A – Então o importante é que se equilibre o Ego. Que se perceba que a Alma não foi feita para sofrer. A dor existe, mas o sofrimento não é necessário. O sofrimento não engrandece. Deus não está nem um pouco preocupado com o seu sofrimento. Ele está preocupado com as atitudes que você toma mediante o que lhe foi proposto. Quer seja o sofrimento, quer seja o prazer, quer seja a prosperidade quer seja a alegria. Qual a sua decisão frente a suas propostas. Algumas mães que perderam seus filhos criaram instituições que ajudam milhares de crianças. É uma escolha! Participante do grupo – O ego não é a manifestação da vontade?

A – De certa forma a vontade é a manifestação do ego. Porque o ego é quem me individua. Que me coloca como individuo, e a partir do momento em que eu sou um indivíduo é que eu passo a ter vontade. E aí eu vou manifestar a vontade através do ego. Não é a vontade que manifesta o ego. Mas é o ego que manifesta à vontade.

Eu – É confuso esse entendimento. Mas agora ficou muito claro. Tirou dúvidas.

A – Porque nós precisamos usar de palavras e de analises, e quando nós percebemos que a análise é só uma forma de tentar compreender o todo, mas que o importante é olhar a totalidade.

A – Eu vou aproveitar desse momento para agradecer essa oportunidade de estar com vocês, e agradecer a todo grupo ao qual eu pertenço. A todo grupo que permitiu que neste momento eu fosse o porta voz, e que manifestasse o resultado dos estudos do grupo. Pedir desculpas a vocês e ao grupo por em alguns momentos não ter sido capaz de manifestar todas as opiniões que aqui foram colocadas. As vezes não ter sido capaz de manifestar dentro da limitação do idioma as ideias complexas aqui expostas. Mas acima de tudo agradecer a oportunidade, agradecer a todos os espíritos envolvidos na possibilidade dessa manifestação. Quer sejam os espíritos encarnados quer sejam os desencarnados. E agradecer ao pai pelo Amor que tem se manifestado em todo tempo. Muito obrigado!

Eu – Nossa Gratidão! Que nossas Centelhas Divinas possam trocar, e estarem unidas sempre.

Eu pergunto ao Pai Benjamin, mentor da Fraternidade – Porque se fala em idiomas? Falam-se outras linguagens no plano Espiritual?

Benjamin – Em muitos lugares no plano espiritual a linguagem é muito mais direta, não precisamos usar muita ação de palavras, as ideias são expostas de outra forma. O entendimento é direto. Quantas vezes você não teve uma ideia e ao expô-la, ela foi totalmente deturpada. Essa é uma limitação do idioma. Então nunca esqueçam que vocês encarnados e mesmo a maioria dos desencarnados tem a limitação do idioma para que aprendam a lidar com essa limitação. Para que aprendam a ter um jogo de cintura, percebendo a entonação, o uso das palavras, mas também o uso do que vocês vão chamar de não verbal.

Eu – Então isso não é o entendimento do outro? É a maneira que você se expressou?

Benjamin – Exatamente!

Eu – É a linguagem que você usou que não conseguiu abranger o todo da ideia?
Benjamin – Sim porque a ideia vem de uma essência, mas a necessidade de manifesta-la num idioma a limita.

Eu – Quando se fosse expressa através da linguagem da mente, teria sido entendida numa amplitude maior?

B – Amplitude maior e com uma velocidade muito maior. Mas, mais uma vez como disse Adalberto, isso não quer dizer maior ou menor evolução. Isso só quer dizer já ter obtido alguns instrumentos. E quanto mais instrumentos se têm, maior é a humildade. Maior é o respeito para com o outro. Porque você já sabe que ninguém é maior do que ninguém.
Silencio no grupo… Benjamin – Dizer isso é fácil – difícil é viver isso. Muitos de nós, e eu falo por mim e por Bem-Vinda, tivemos que viver a experiência da escravidão para entendermos um pouco mais sobre humildade. E mais uma vez é importante salientar que isso não foi castigo, não! Que muitas das coisas que vocês ainda veem como castigo, e que muitos espíritos desencarnados veem como castigo. Só são oportunidades. Basta trocar a palavra.

Eu – E. Aos pouquinhos nós estamos aprendendo.

Benjamin – Mas o mais importante é viver cada momento, e tomar cuidado com esses conceitos que a sociedade vai colocar – Ser mãe é sofrer… A perda de um filho é algo insuportável… São conceitos da humanidade. Então cuidado com esses conceitos que parecem leis Divinas, ou leis naturais, e não são. Que são apenas fatores que nos limitam. Cuidado com essas crenças que limitam. Ampliem sempre. Percebam que cada um tem uma fração de visão de realidade, e não a realidade do todo.

Eu – Mas, a humanidade, a sociedade as religiões. Elas sempre vão criando condições assim, não? Como esse caso que eu comentei dos índigos, Cristais… isso vira uma regra no meio esotérico. Então é uma regra imposta? Você aceitasse quiser.

Benjamin – Limitante! Bastante limitante. Porque se você se achar um cristal, você é egoísta. Então é melhor não ser Cristal. Se você não é Cristal, você não é especial. Então o importante é o que você é.

Eu – É realmente são valores limitantes mesmos. Benjamin – Muito! Então cuidado com isso.

Eu – E cada vez mais se torna necessário o nosso sentir. Só assim conseguimos avaliar essas crenças limitadoras. Né? O que é real e o que é manipulação
Benjamin – Sem dúvida! E quando você perceber que você só vê parte da realidade, fica mais fácil, e acaba impedindo qualquer julgamento do outro. Porque você assim também só vê parte da realidade do outro. Porque se o que você vê de você já é parte da realidade, imagina o que você vê do outro então. Portanto julgar é impossível.
Quero agradecer. Deixar um boa noite a todos. E vou pedir mais uma vez que vocês permaneçam por um minuto em silencio imaginando uma agua limpa e pura passando pelos seus corpos físicos, e energéticos. A água vai energizando cada um desses corpos, permitindo que eles se manifestem com mais realidade. Boa noite!

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